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O promotor de Justiça Alexandre Guedes disse que abriu uma investigação para apurar o flagrante de medicamentos vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá, nessa sexta-feira (23). Entre eles estão medicamentos usados no tratamento da Covid-19.
Alguns medicamentos venceram em julho, setembro e dezembro do ano passado e outros neste ano, conforme as datas de validade que constam nas caixas armazenadas na central.
A denúncia foi feita por um grupo de vereadores de Cuiabá, que fizeram uma visita ao local. Quando ainda estava no local, os parlamentares também chamaram a polícia.
A secretária de Saúde do município, Ozenira Félix, disse que já existe um procedimento administrativo correndo acerca desses medicamentos fora do prazo de validade, onde constam as notas dos fornecedores, o levantamento do motivo para a não dispensa dos produtos, como a baixa demanda, que se acentuou neste período de pandemia.
Em nota, a Secretaria de Saúde da capital afirma que não tem nada a esconder, alega invasão e que poderia ter acompanhado os vereadores nos vereadores. “Bastava os vereadores que estiveram no local na tarde de sexta-feira (23) agendarem uma vistoria, que a secretária Ozenira Félix iria pessoalmente acompanhá-los, juntamente com uma equipe técnica para explicar à situação”.
O local é usado pela Secretaria de Saúde para armazena esses materiais e organizar a distribuição para as unidades de saúde da capital.
O grupo de vereadores foi até o local depois que o vereador Diego Guimarães recebeu uma denúncia de que havia centenas de medicamentos vencidos no local. Os vereadores Maysa Leão Michelly Alencar e Marcos Pacola também foram até a unidade.
Maysa disse que, logo depois que identificaram a situação, eles chamaram a Delegacia de Combate a Corrupção para apurar a situação. “Não dá para aceitar que medicamentos como amoxicilina (antibiótico que tem sido usado para enfrentar as infecções por bactéria, em muitos pacientes com Covid), Ibuprofeno (medicamento que trata dor, febre e inflamação, muito usado nos pacientes com Covid), Ritalina, anestésicos, dipirona, paracetamol, mais uma infinidade e até leite em pó. Centenas de medicamentos, em processo de descarte”, diz, em sua rede social.