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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursa nesta terça-feira (21), a partir das 10h, na Assembleia-Geral da ONU.
Mantém-se, assim, a tradição de presidentes brasileiros inaugurarem os trabalhos da reunião da organização, como primeiros líderes mundiais a discursar após o secretário-geral, posto hoje exercido pelo português Antonio Gutérres. Fala antes também o presidente da Assembleia, Abdulla Shahid, ministro de Relações Exteriores das Maldivas.
Expectativas
O presidente Jair Bolsonaro dedicou-se nas últimas semanas a modular o discurso que fará na manhã desta terça-feira (21) na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Com a saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores, analistas avaliam a possibilidade de um discurso menos controverso, mas com enfrentamento às críticas da comunidade internacional em dois temas: a política de combate à pandemia que já matou 4,7 milhões de pessoas no mundo, quase 600 mil apenas no Brasil; e o desmatamento na Amazônia.
Assim como no discurso feito em 2019, em que a agenda ambiental pautou a fala de Bolsonaro, o presidente deve voltar a usar o tema para falar ao público externo, que espera dele a manutenção do compromisso que assumiu em abril deste ano: combater o desmatamento ilegal até 2030, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa em 43% neste período.
Mas, na última quinta-feira (16), em sua live, Bolsonaro disse que o debate em torno do marco temporal de terras indígenas também terá destaque em seu recado dirigido aos demais chefes de Estado.
Pressionado pela bancada ruralista no Congresso e por instituições ligadas ao agronegócio, Bolsonaro demonstra, assim, que precisa manter a sintonia com alas conservadoras dentro do Brasil, que dão sustentação ao seu governo.