A Comarca de Tangará da Serra (239 Km a médio-norte da Capital) realizou Círculos de Construção de Paz, do Núcleo Gestor de Justiça Restaurativa (Nugjur) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para coordenadores e orientadores pedagógicos e psicólogos da rede municipal de ensino, e também para profissionais liberais que atuam na cidade.
Esse evento, na sexta-feira (26 de agosto), suspenso desde o início de 2020, por conta do distanciamento social provocado pela pandemia da Covid-19, marca a retomada do serviço da unidade judicial nas escolas. A última experiência de práticas restaurativas em instituição de ensino foi em 2019 em uma escola estadual de Tangará da Serra.
Coordenado pela juíza Leilamar Aparecida Rodrigues, através do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), as sessões do Círculo de Paz foram feitas na Delegacia Regional de Ensino, da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), e serviu de apresentação da ferramenta. Os 45 participantes foram divididos em três turmas de 15 pessoas.
De acordo com a magistrada, a ideia é sensibilizar os profissionais do ensino sobre a eficácia desse mecanismo que busca a pacificação social no ambiente em que é empregado, trabalhado. Essa ferramenta, conforme doutora Leilamar Rodrigues, promove a pacificação no ambiente da escola e também nas casas das crianças e adolescentes que passam pelas sessões.
“Durante os círculos cada participante fala sobre si, problemas, dificuldades, alegrias e até o que gosta e o que não gosta. É uma maneira de se conhecer e de compartilhar, e esse compartilhamento faz com que a relação dos alunos no ambiente escolar melhore muito”, ressaltou a juíza.
Para a professora Simone Medeiros, que experimentou a proposta dos círculos de paz, na sexta-feira, a ferramenta causará um grande efeito em sala de aula. “Além da empatia na comunidade escolar, vai gerar evolução na educação, porque vai auxiliar no processo de ensino-aprendizagem do estudante, da criança e do adolescente”, frisou a docente.
O próximo passo, depois dessa apresentação para profissionais liberais e gestores educacionais, conforme detalhou a magistrada, é organizar a capacitação desses futuros circuleiros que será feita por uma equipe do Nugjur do Tribunal de Justiça. “Vamos instrumentalizar esses profissionais para atuem nas escolas da rede municipal como promotores da pacificação social. Além das escola do município, queremos promover círculos de apresentação, e na sequência capacitação, preparação, dos professores e coordenadores da rede estadual de Tangará da Serra”, assinalou Leilamar Rodrigues.
Álvaro Marinho
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT