O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pressionou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para uma ‘despedalada fiscal’ e acelerar a transferência de recursos à União. A declaração foi dada nesta quarta-feira (14) em encontro com empresários no Rio de Janeiro (RJ).
Guedes criticou governos passados pelo uso de verba do banco para bancar grandes empresas e ressaltou a dívida de R$ 90 bilhões do BNDES com o Estado.
“Nós estamos apertando o BNDES para a despedalada final. Está faltando a despedalada final. Estão devendo só R$ 90 bilhões, que foram as pedaladas que o BNDES recebeu. O TCU já foi consultado e já deu o parecer que ele tem que resolver”, declarou.
O ministro manteve as críticas sobre o corporativismo do banco e defendeu as medidas feitas pelo presidente Gustavo Montesano.
“O presidente do BNDES já separou o dinheiro e quer devolver o dinheiro, mas o corporativismo existe. Tá cheio de diretor que gosta de receber bônus de R$ 100 mil todo o ano. Nós estamos pagando o custo da dívida e eles querem ficar com o dinheiro que foi repassado por eles a 3%. É um subsídio que a população brasileira está pagando. Nós queremos a despedalada final. Nós queremos o dinheiro de volta. O TCU mandou devolver o dinheiro, mas a assessoria jurídica do BNDES quer manter o dinheiro”, declarou.
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Paulo Guedes ainda fez críticas aos salários dos funcionários do banco e ao plano médico que possuem.
“Os salários do BNDES estão muito acima da população brasileira em geral. Os planos de saúde estão muito acima, as aposentadorias estão muito acima”, concluiu.
Nas últimas semanas, o governo federal tem cobrado das estatais a distribuição de dividendos à União. A medida é vista pela pasta como alternativa para bancar programas sociais em meio à campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Guedes e sua equipe ainda tentam achar brechas para bancar o orçamento secreto sem ultrapassar os limites do teto de gastos. Para isso, o governo conseguiu adiar o pagamento de programas culturais e educacionais, além de desbloquear verbas de ministérios.
Fonte: IG ECONOMIA