O preço do gás de cozinha registrou uma alta na média nacional de 1,2% na última semana. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Bioconbustível (ANP), o botijão passou de R$ 111,91 para R$ 113,25. O aumento vai em contramão ao corte da Petrobras de 4,7% dos preços do gás nas refinarias.
De acordo com a ANP, já é a terceira semana consecutiva com alta, embora os os dados anteriores demonstrem um aumento relativamente menor do que os coletados após os cortes.
A Petrobras antecipava uma redução nos preços de R$ 2,60 por botijão. Os revendedores citam a falta de reajustes salariais para a falta de implementação do desconto esperado pela empresa. Em comparação, o salário mínimo teve reajuste de apenas 21,4% e a inflação medida pelo IPCA acumulou 25,3%.
A venda de botijões de gás tem sofrido uma queda nos últimos meses. Foi relatado uma diminuição de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O aumento nos preços também frusta o presidente Jair Bolsonaro que conta com o a queda dos preços e um controle da inflação para se reeleger. Este ano, o programa de subsidío bimestral Vale Gás passou de 50% para 100% do valor total para cerca de 5,7 milhões de famílias.
Mesmo com grandes tentativas do governo federal, o gás de cozinha sofreu pequenas alterações no preço do produto final, que passou por um corte total dos tributos federais em 2020. Em comparação, a gasolina e diesel já ficaram 32,1% e 9,6% mais baratos, respectivamente este ano.
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Em nota, a assossiação brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás (Abragás) diz que os compradores finais ainda não tiveram a chance de observar a queda nos preços por fatores externos.
“Possivelmente os consumidores não perceberão redução nos preços, devido ao aumento repassado pelas distribuidoras referente ao dissídio e custo outros custos operacionais do segmento”, explica.
Já o sindicato de revendedores de gás afirma a importância da pesquisa de preços pela população. “É recomendado aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência”
Fonte: IG ECONOMIA