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Eleições 2022: o que propõem os candidatos para a educação?

 Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet. Foto dos presidenciáveis que será exibida na urna eletrônica.
Divulgação – 17.08.2022

Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet. Foto dos presidenciáveis que será exibida na urna eletrônica.

O iG realizou um levantamento sobre as propostas de governo na área da educação dos cinco maiores  candidatos à Presidência da República segundo a pesquisa Datafolha da última semana . De acordo com a pesquisa, os presidenciáveis que lideram o ranking são: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 45%, Jair Bolsonaro (PL) 33%, Ciro Gomes (PDT) 8%, Simone Tebet (MDB) 5% e Soraya Thronicke (União Brasil) 2%.

Lula 

Lula e Geraldo Alckmin em foto oficial de campanha
Ricardo Stuckert – 25.07.2022

Lula e Geraldo Alckmin em foto oficial de campanha

O ex-presidente Lula propõe um programa de recuperação para as perdas de ensino acumuladas durante a pandemia. No plano de governo , Lula critica a atuação do governo de Bolsonaro e visa uma “reverter os desmontes do atual governo”.

“O país voltará a investir em educação de qualidade, no direito ao conhecimento e no fortalecimento da educação básica, da creche à pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, retomando as metas do Plano Nacional de Educação e revertendo os desmontes do atual governo”.

O petista cita como exemplo o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

Além disso, Lula planeja continuar com o projeto de cotas sociais e raciais na educação superior e nos concursos públicos federais, e promover a garantia de pessoas deficientes  e LGBTQIA+ no acesso à educação.

Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro e o vice, Braga Netto
Reprodução: Presidência da República

Jair Bolsonaro e o vice, Braga Netto

Se reeleito,  Bolsonaro fala em permitir o pensamento crítico sem “conotações ideológicas que apenas distorcem a percepção de mundo” nas escolas. Ele planeja investir em mais ferramentas na educação básica.

O plano de governo do atual presidente também cita que “trabalhar com a premissa de que os pais, e não o Estado, são os principais atores da educação das crianças” e propõe alinhar o que se ensina nas escolas e universidades com as demandas do mercado.

O documento também fala em ampliar ações que forneçam fundamentos de disciplinas como matemática, português, história, geografia, ciências, “e outras”. Bolsonaro também pretende recuperar o ensino prejudicado pelo fechamento das escolas durante a pandemia e, para isso, ele propõe conciliar o modelo presencial com o ensino a distância.

Ciro Gomes

Ciro Gomes e  a vice Ana Paula Matos
Reprodução

Ciro Gomes e a vice Ana Paula Matos

ex-governador do Ceará tem o objetivo de colocar a educação brasileira entre as dez melhores do mundo em 15 anos. Para isso, ele propõe educação em período integral para etapas de ensino fundamental e profissionalizante e apoio material para que crianças vulneráveis não deixem a escola. 

Ele inclui, nas propostas educacionais, os seguintes pontos: 

  • criar o Programa de Alfabetização Idade Certa

  • “constante valorização” de professores, diretores e demais profissionais de educação

  • tornar o ensino fundamental “progressivamente integral”

“Temos que envolver toda a sociedade nesse esforço, cabendo ao governo federal liderar e articular, junto com governadores e prefeitos, um corpo técnico de excelência, conteúdo teórico de qualidade, novas formas de financiamento e uso de novas tecnologias de ensino”, diz o texto.

Entre a série de propostas apresentadas por Ciro, ele diz que irá se atentar ao desenvolvimento de competências socioemocionais, buscar ativamente alunos com baixa frequência nas aulas e instaurar um sistema de monitoramento nas escolas de pior desempenho, para que elas desenvolvam melhores resultados.

O candidato do PDT diz que pretende mudar o ensino que chama de “decoreba”, levando ao país experiências como a do Ceará, que, segundo ele, ensina os alunos mais a perguntar do que responder.

Simone Tebet

Simone Tebet e a vice, Mara Gabrilli
Reprodução: MDB – 20/09/2022

Simone Tebet e a vice, Mara Gabrilli

Tebet  defende políticas especiais para a primeira infância e a adolescência, e pretende erradicar o analfabetismo.

Segundo o plano de governo da senadora, um dos principais objetivos é recuperar a aprendizagem defasada pelos últimos anos com o fechamento das escolas. A candidata quer destinar recursos das privatizações para políticas sociais de redução da pobreza e educação infantil. Além disso, ela também promete promover a inclusão e a acessibilidade de crianças com deficiência nas escolas.

A candidata também fala em combater a evasão escolar no ensino médio. Para isso ela propõe a “Poupança Mais Educação”, que incentiva os adolescentes com necessidade financeira a concluir o ensino médio. O projeto no acúmulo do dinheiro do aluno a cada ano de estudo concluído. O resgaste da quantia poderá ser feito quando o jovem se formar.

Soraya Thronicke

Soraya Thronicke e o vice, Marcos Cintra
Divulgação – 20/09/2022

Soraya Thronicke e o vice, Marcos Cintra

Caso eleita, a  senadora propõe “um novo pacto educacional nos três níveis de governo”. Segundo a candidata, a educação está em crise, e pretende implantar um sistema de “monitoramento das novas metodologias de ensino” no Ministério da Educação.

Soraya também apresenta propostas para os professores, que visam a criação de um programa nacional de capacitação pedagógica e tecnológica, a melhora dos salários da categoria e o estabelecimento de uma avaliação do desempenho profissional.

No que diz respeito a evasão escolar, a presidenciável afirma que criará “atividades criativas capazes de motivar a participação dos alunos” e irá expandir a participação de editoras na produção de material didático.

“O momento atual exige uma repactuação com governadores, secretários de educação nos estados e municípios, em torno de ações prioritárias, como a plena retomada das aulas, reposição de conteúdos pedagógicos […]. Isso pode ser feito com o uso da tecnologia de ensino a distância e de aulas presenciais através de um sistema híbrido”, disse Thronicke.

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Fonte: IG Política

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