O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) cumpriu agenda de campanha em Brasília, nesta quinta-feira (22). O primeiro compromisso foi uma reunião com embaixadores da União Europeia, pela manhã. O encontro reuniu representantes de diversos países do bloco.
Após a reunião, que durou cerca de uma hora, o presidenciável conversou com a imprensa e destacou que, se eleito, quer retomar o que chamou de tradição da diplomacia brasileira. “É a ponderação por aqueles princípios de não-intervenção em assuntos de outras nações, a solução pacífica dos conflitos, a autodeterminação do povos, em direção a se construir uma ordem internacional assentada no direito, na paz e não na violência. Esse é o primeiro grupo de valores que orienta a política externa do meu plano nacional de desenvolvimento”, explicou.
O pedetista também comentou que vai valorizar a participação do Brasil em grupos e blocos econômicos do qual o país já faz parte, como Mercosul e Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul).
Sobre a guerra na Ucrânia, o presidenciável criticou a postura da Rússia, por invadir o país vizinho, mas ponderou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo que reúne as maiores potências militares do Ocidente, liderada pelos Estados Unidos, não deveria ter sido expandida até as fronteiras russas.
“A Rússia não tem direito de invadir a Ucrânia. Essa é a primeira e inequívoca posição. Entretanto, em direção àqueles outros princípios, como a solução pacífica dos conflitos, vem essa segunda opinião. Para quê? É uma pergunta que eu estou fazendo e fiz aos outros embaixadores. Para quê expandir a Otan?”, questionou.
Após o encontro com embaixadores, Ciro Gomes participou de uma sabatina para jornal Correio Braziliense.
Edição: Aline Leal
Fonte: EBC Política Nacional