Um grupo de 13 países da União Europeia, incluindo Itália e Espanha, enviou nesta terça-feira (27) uma carta a Bruxelas reforçando o pedido por um teto ao preço do gás natural no bloco.
O documento visualizado pela ANSA também é assinado pelos ministros de Energia de Bélgica, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Grécia, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal e Romênia e diz que limitar o preço da commodity é a “única forma de ajudar os países a mitigar a pressão inflacionária”.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
Além disso, os signatários defendem que essa medida é uma maneira de limitar os crescentes lucros das empresas do setor e estabelecer barreiras para o caso de potenciais interrupções no fornecimento por parte da Rússia, maior exportador de gás no mundo.
“O teto deve ser aplicado a todas as transações”, afirmam os países, “e não deve ser limitado a importações de jurisdições específicas”. “Esse limite é a prioridade e pode ser integrado a propostas para reforçar o controle financeiro sobre o mercado de gás”, diz a carta.
Os países ainda convidam a Comissão Europeia a apresentar uma proposta informal para ser discutida na próxima sexta-feira (30). No início de setembro, a presidente do Executivo da UE, Ursula von der Leyen, sugeriu limitar apenas o preço do gás russo.
A instituição de um teto ao valor do gás natural é uma bandeira da Itália e vem ganhando cada vez mais apoio no bloco, porém ainda está longe de ser um consenso – a carta desta terça reúne menos da metade dos 27 Estados-membros e não conta com as assinaturas de Alemanha e França.
A Rússia, por sua vez, já ameaçou interromper a exportação de gás para países que aderirem a um eventual teto.
Fonte: IG ECONOMIA