O mau desempenho de Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais das eleições 2022 , principalmente entre os mais pobres, tem feito aliados do presidente brigarem nos bastidores. Um dos maiores alvos é o ministro da Economia Paulo Guedes . A avaliação de membros do Centrão que apoiam o chefe do executivo federal é que o responsável pela pasta econômica do país demorou para dar o aumento aos beneficiários do Auxílio Brasil .
Nos últimos dias, Bolsonaro está estagnado nos levantamentos de intenções de votos, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enorme chance de vencer no primeiro turno. Por conta disso, muitos aliados do atual mandatário passaram a pular do barco.
Os que restam buscam encontrar uma solução para levar as eleições 2022 para o segundo turno e tentar vencer o petista. Só que, ao mesmo tempo que trabalham para seguirem vivos na disputa, também trocam acusações sobre quem são os maiores responsáveis pelo possível fracasso bolsonarista.
Paulo Guedes entrou na mira. Na avaliação de membros do Centrão, o ministro é o maior responsável por Bolsonaro ser muito mal avaliado entre os mais pobres. “O Guedes sabe que demorou para colocar o Auxílio Brasil em R$ 600. Se tivesse feito isso no ano passado, a situação seria totalmente diferente”, comenta um interlocutor do presidente da República.
“Agora fica a sensação que o aumento foi feito apenas para a eleição. O discurso da oposição de que nós vamos diminuir esse valor ganhou força, principalmente no Nordeste. Por isso estamos com dificuldades para crescer”, explica.
Guedes e a guerra com a ala política
Um dos maiores rivais de Paulo Guedes dentro do governo é o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP). O senador licenciado sempre defendeu medidas mais populares para conquistar os eleitores, só que o ministro da Economia era contra esse tipo de ação.
“Pelo Guedes, o Auxílio Brasil estaria em R$ 200. Ele segurou ao máximo o aumento para R$ 400 e depois para R$ 600. Agora todos nós estamos pagando caro por isso”, diz um dos aliados de Bolsonaro.
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Fonte: IG Política