A carta de repúdio contra o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aumentou a crise no Partido Liberal. O manifesto foi elaborado pela cúpula do PL , excluindo diversas lideranças da sigla. O posicionamento é tratado por importantes nomes da legenda como uma confissão da derrota nas eleições 2022 .
Mais cedo, a revista Veja divulgou o comunicado e explicou que a sigla publicaria o manifesto nesta quarta (28). Porém, a reportagem do Portal IG conversou com lideranças do PL que negaram ter conhecimento do documento.
“Não conheço e o presidente Valdemar [Costa Neto] não falou nada com a gente. Não acredito que esse documento seja real. Mas política vive em movimento, né? Pode ser que seja real. Se for para ser lançado, saberemos em breve”, disse uma liderança do partido.
No entanto, há poucas horas, o vice-presidente do Partido Liberal, Capitão Augusto, divulgou a carta. A reportagem procurou novamente figuras importantes da sigla para saber o que aconteceu e a resposta foi que “fui pego de surpresa, assim como muita gente”.
“A notícia da Veja disse que o documento foi feito no dia 17 de setembro. De lá pra cá, ninguém nos procurou. Qual o motivo? Sabem que a maioria seria contra. O PL fará a maior bancada na Câmara. Questionar as urnas é burrice. Agora vamos procurar o presidente Valdemar e tentar entender essa situação”, acrescenta a liderança.
Ele confessa que o sentimento é de frustração e que outros nomes importantes do PL já estudam a possibilidade de escrever uma nota oficial contra a carta de repúdio. “Estamos conversando, mas está muito em cima. O mais provável que a gente espere o fim das eleições para defender a legitimidade da disputa”, completa.
PL x TSE
O Partido Liberal afirma que encontrou uma série de falhas no TSE que pode prejudicar as eleições 2022.
“A auditoria do Partido Liberal (PL) utilizou uma lista de avaliação e controles com 215 questões propostas com base no Anexo A da norma ABNT de Sistemas de Gestão da Segurança da Informação – Requisitos (NBR ISO IEC 27001 de 2013). O TSE satisfaz plenamente apenas 5% dos requisitos para atender à certificação por esta norma de segurança”, diz o partido na nota.
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Fonte: IG Política