O ministro da Economia, Paulo Guedes , defendeu a “alternância de poder” na presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) . O cargo era ocupado por Mauricio J. Claver-Carone , indicado de Donald Trump . Ele foi afastado em setembro por envolvimento com uma funcionária do banco e ter aumentado o salário dela.
“Queremos alternância de poder no BID. Quem já foi não deve ser de novo. Alguns países ficaram três mandatos, outros com 20 anos no cargo. Então, defendemos o princípio democrático e mandato de cinco anos sem reeleição”, afirmou o ministro.
Guedes participa das Reuniões Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos Conselhos de Governadores do Grupo Banco Mundial (GBM) nos Estados Unidos.
No evento, Paulo Guedes tem conversado sobre a sucessão na instituição em reuniões bilaterais com ministros de Finanças, porém evita citar o nome do indicado do Brasil para o cargo.
O afastamento de Claver-Carone ocorreu por unanimidade após uma investigação mostrar que ele havia violado o código de ética do BID. Foi descoberto que o indicado de Trump teve um relacionamento com uma funcionária sênior e assinou aumentos salariais para ela. O crescimento foi de mais de 45% do salário-base em menos de um ano.
Antes da escolha de Trump, o BID só havia tido presidentes latino-americanos. Apesar dos Estados Unidos ser o maior acionista do banco, a nomeação de Claver-Carone foi inédita e ocorreu após o então presidente pressionar a instituição.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
Fonte: IG ECONOMIA