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A Justiça Eleitoral arquivou inquérito que investigava o ex-governador de Mato Grosso Pedro Taques pela suspeita levantada após informação apresentada por colaborador premiado de suposta doação de recursos não declarados em prestação de contas na campanha eleitoral de 2014.
O colaborador afirmou na delação que Taques teria recebido R$ 850.000,00 de forma irregular para quitação de dívidas. Segundo decisão publicada esta semana, mesmo após ouvir todos os envolvidos, a Polícia Federal não localizou dados que comprovassem as declarações.
“Nessa medida, dos fatos inicialmente narrados e não confirmados em razão de inexistência nos autos de elementos que justifiquem o oferecimento de denúncia, o arquivamento é a medida correta a se tomar”, diz decisão assinada pelo juiz eleitoral Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto.
De acordo com Pedro Taques, dos 11 inquéritos abertos para investigar supostas irregularidades em campanha, oito foram arquivados.
“Quem exerce cargo público, como regra, sempre estará possível de investigação. O que não pode é investigação com fundamento em mentiras. Defendo a delação como instrumento importante para a busca da verdade. No entanto, o que ocorreu no Brasil nos últimos anos, foi o mesmo fenômeno conhecido da Itália como ‘indústria das delações’. Ainda bem que o poder judiciário já notou isso. Só quero a verdade”, afirmou.