O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , declarou, nesta sexta-feira (21), que não haverá acordo com Jair Bolsonaro (PL) sobre os direitos de resposta concedidos às candidaturas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá julgar os pedidos de resposta neste sábado (22) .
“É uma oportunidade de rebater as mentiras e monstruosidades que a turma do Bolsonaro faz. Houve uma proposta de acordo, e eu disse que não tem acordo. Ele que utilize os nossos, e a gente usa os 184 dele”, disse Lula durante coletiva de imprensa em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Amanhã, o TSE julgará os pedidos de 184 inserções como direito de resposta, contra 20 da campanha de Bolsonaro. O plenário virtual será aberto às 00h e os ministros devem apresentar os votos até às 23h59. Se a solicitação do petista for aceita, ele disse que utilizará o tempo para falar sobre proposta de governo.
“A gente não vai entrar no jogo rasteiro do Bolsonaro. Tudo o que ele quer é que a gente fique respondendo. Se ganhar o direito de resposta, a gente vai aproveitar para falar com o povo o que vamos fazer com salário mínimo, o Imposto de Renda, com as pessoas endividadas, como vai voltar o alimento pro prato do povo”, disse Lula.
Na quarta-feira (19), a ministra Maria Cláudia Bucchianeri decidiu pela concessão de 164 inserções de 30 segundos de direito de resposta a campanha petista após Bolsonaro insinuar que Lula participa do crime organizado e associá-lo a liberação de sequestradores. As propagandas mostravam que o ex-presidente obteve mais votos nos presídios e que ele teria pedido ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a liberação dos suspeitos de sequestrarem o empresário Abílio Diniz.
No dia seguinte, porém, Bucchianeri acatou um pedido do partido de Bolsonaro e suspendeu a própria determinação . Para a ministra, a discussão no plenário da corte eleitoral dará mais celeridade ao processo.
Lula e Bolsonaro disputam o segundo turno das eleições 2022 no dia 30 de outubro. No primeiro pleito o petista atingiu 48,43% dos votos, contra 43,20% do atual presidente.
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Fonte: IG Política