Nesta segunda-feira (25), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade conceder o direito de resposta à campanha de Jair Messias Bolsonaro (PL), após a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veicular uma propaganda que associa o atual presidente ao aborto e a milícias .
Bolsonaro agora terá 2 minutos e oito segundos do programa de TV de Lula, além de seis inserções. A concessão se baseia em regra eleitoral para 2022, que define que não é permitido imputar crime sem condenação ou imputação formal com direito ao contraditório.
Altamente ofensivo
A ministra Maria Claudia Bucchianeri definiu como altamente ofensivo à primeira-dama Michelle Bolsonaro a parte da propaganda petista em que é chamada de “parte do bando” porque teria “crescido no crime”, segundo matéria da TV Globo.
Bucchianeri ainda disse que a associação de Bolsonaro à defesa do aborto foi possível após “adulterações grosseiras” .
“Antes de tudo porque é público e notório que o candidato Jair Bolsonaro possui posicionamento abertamente contrário ao aborto. Ademais, em momento nenhum, na antiga declaração prestada sobre o assunto, o candidato jamais afirmou que estaria disposto ou que ‘poderia abortar o próprio filho’”, disse a ministra.
O trecho faz referência à uma entrevista dos anos 2000, Bolsonaro afirmou que o aborto deve ser uma decisão do casal. Na ocasião, ele disse que já esteve nessa situação e sua companheira na época decidiu manter o filho, no caso Jair Renan, o 04. Essa foi a declaração antiga explorada pela campanha petista.
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Fonte: IG Política