A presidente do Supremo Tribunal Federal ( STF ), ministra Rosa Weber , evitou comentar sobre as denúncias de operações ilegais da Polícia Rodoviária Federal ( PRF ) que estariam atrapalhando os deslocamentos de eleitores neste domingo, 30. Após votar na Asa Sul, em Brasília, a ministra foi questionada por jornalistas sobre o tema, mas disse apenas que a “Justiça Eleitoral está tratando adequadamente deste tema”.
Por volta das 15h20, o diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, estava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prestando depoimento sobre as operações, que foram proibidas no sábado pelo presidente da corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes Rosa ainda disse que este domingo de votação em segundo turno é um dia que a democracia se reafirma. “Cada vez que o povo se dirige às urnas para escolher os nossos dirigentes nós reafirmamos a nossa democracia e o Estado Democrático de Direito”, afirmou.
A ministra ainda disse que “é muito bom ver a votação acontecendo de forma serena” e desejou que a situação continue tranquila até o fim do dia. “E que nós todos possamos juntos celebrar a democracia.”
Mais tarde, Rosa Weber deve ir ao TSE para acompanhar a apuração com os ministros da corte eleitoral e outros membros do STF, além de autoridades de outros Poderes, em uma forma de blindar a instituição dos ataques que tem sofrido, como já ocorreu no primeiro turno.
O caso
A Polícia Rodoviária Federal descumpriu neste domingo de segundo turno das eleições 2022 , uma decisão do ministro Alexandre de Moraes e realizou número recorde de abordagens em transportes públicos.
O jornal Folha de S.Paulo informou que segundo números internos da PRF, o órgão havia realizado 514 ações de fiscalização contra ônibus, tendo o Nordeste como principal alvo até as 12h35.
Após o descumprimento da decisão do TSE, a reportagem revela que o número de abordagens no segundo turno é 70% maior do que o que foi registrado no primeiro turno. O texto reitera que “não é possível estimar se essas abordagens ocorrem antes ou depois da votação desses passageiros”.
O diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi convocado por Moraes para prestar esclarecimentos. Após a reunião, Vasques comunicou ao ministro que iria suspender todas as operações que estavam sendo realizadas pelo Brasil.
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Fonte: IG Política