Salvem as peruas! Essa frase já é bem conhecida de todo entusiasta automotivo. Além de ter se tornado a marca registrada de um canal voltado à preservação desses fantásticos veículos familiares também é um grito de resistência automotiva ao domínio absoluto dos SUVs no mercado mundial.
As peruas têm uma história quase tão antiga quanto a dos automóveis. A ideia de levar a família toda de maneira confortável e cômoda foi ganhando cada vez mais adeptos a partir da década de 40.
Nos Estados Unidos muitos modelos surgiram com laterais de madeira, as famosas woodies , e também com carroceria convencional. Prontas para atravessar longas distâncias rodoviárias sem cansaço.
Essa ideia de viajar de carro é realmente fascinante. Isso me traz a memória uma lembrança de infância. E também uma perua. Por volta de 1987 chegou a nossa casa uma Santana Quantum CL, a versão de entrada. Me lembro até hoje que meu pai, por conta das calotas que foram caindo pelo caminho, algo comum em modelos da década de 80 e anteriores, acabou deixando as rodas de ferro originais, porém com um toque diferente: as calotinhas pretas no centro das rodas.
A Chrysler Town & Country surgiu na década de 40. Mais precisamente em 1941. Ela teve uma longa vida no mercado até 1988. Então deu lugar ao outro modelo já conhecido por mais pessoas por ser uma minivan. A primeira versão foi lançada em meio à entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e sua produção foi interrompida após um ano de fabricação que só retornaria em 1946.
Vamos dar um pulo e no tempo e falar da geração deste belíssimo exemplar das fotos que foi produzida de 1969 a 1973. Ela é extremamente importante porque conseguiu permanecer no período final da era dos big blocks, onde muitas polegadas cúbicas e mais potência eram itens bastante comuns no menu de opções do mercado automotivo por lá.
São quase 6 metros de comprimento por 2 metros de largura. Além disso ela pode levar até oito passageiros usando cinto de segurança, já que existe uma ótima e confortável opção para duas pessoas no porta malas.
Falando de mecânica nós temos o fantástico motor V8 com 440 polegadas cúbicas, 7,2 litros e 340 cv. Realmente nada mal para levar a família rodando centenas ou milhares de quilômetros.
Guiar esses modelos norte-americanos na década de 70 é sempre uma grande satisfação. Eles têm um balanço próprio de carroceria e uma certa lentidão nas frenagens. Isso por conta desse aspecto de puro aço de Detroit que a gente adora.
Além disso, o torque é bastante generoso e deixa a condução ainda mais agradável. Em breve falaremos de mais veículos familiares por aqui.
Fonte: IG CARROS