Apesar da promessa de diminuir o discurso de ódio, o Twitter viu aumentar em 500% o número de publicações racistas após a finalização da compra da rede social pelo bilionário Elon Musk,
Em apenas 12 horas após a finalização da compra de Musk, as referências a um codinome racista específico usado para rebaixar os negros aumentaram 500%, de acordo com uma análise realizada pelo Network Contagion Research Institute divulgado pelo jornal The Washington Post.
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Já segundo levantamento do Centro de Pesquisadores Contra Ódio Digital (Center for Countering Digital Hate), um codinome usado para designações racistas foi encontrado 26.000 vezes, três vezes a média de 2022. O uso de um insulto direcionado a pessoas trans aumentou 53%, enquanto os casos de um termo ofensivo para homens homossexuais aumentaram 39% em relação ao ano média.
Posts ofensivos contra judeus e hispânicos também aumentaram.
A pesquisa leva em consideração apenas publicações feitas em inglês e considerou mais de 80.000 tweets.
“Os números mostram que, apesar das alegações do chefe de confiança e segurança do Twitter, Yoel Roth, de que a plataforma conseguiu reduzir o número de vezes que o discurso de ódio foi visto na página de pesquisa e tendências do Twitter, o volume real de tweets de ódio aumentou” diz a análise do centro, uma organização sem fins lucrativos com escritórios nos EUA e no Reino Unido.
Roth foi demitido um dia depois da compra da rede social, assim como mais da metade do corpo de integrantes da empresa que foram defenestrados após a aquisição de Musk.
O Twitter, por sua vez, diz que em 31 de outubro 1.500 contas foram removidas por postar discurso de ódio. A empresa também disse que reduziu bastante a visibilidade de postagens contendo insultos, tornando-as mais difíceis de encontrar na plataforma.
“Na verdade, vimos discursos de ódio caírem esta semana abaixo de nossas normas anteriores, ao contrário do que você lê na imprensa”, tuitou Musk na semana passada.
Musk se declara como “um absolutista da livre expressão” e prometeu fazer da rede social um lugar mais livre.
Fonte: IG TECNOLOGIA