Do total de MEIs registrados no Brasil em dezembro de 2021, 46,7% foram do sexo feminino. Em 2019 e 2020, a proporção de mulheres reduziu, voltando a subir em 2021. Neste sábado é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino , então reunimos sete histórias de negócios liderados por elas que são bem-sucedidas e seguem em crescimento. São diversas possibilidades e segmentos para se inspirar e investir.
Após 13 anos como administradora do negócio da família e tendo que fechar em meio à pandemia, Lidiane Dinatt resolveu se reinventar e empreender sozinha. Natural do Rio Grande do Sul, mudou-se para Balneário Camboriú (SC) onde atualmente possui duas unidades da Lavô, maior rede de lavanderias self-service do país.
“Tudo aquilo que foquei para mim, me vi realizando com a franquia: minha independência financeira, meu negócio próprio, sem funcionários e com horários flexíveis. Confesso que no início fiquei insegura, mas ao mesmo tempo queria muito fazer dar certo, então corri atrás dos meus sonhos. Abri a primeira unidade com uma reserva e seis meses depois comprei a segunda com a venda do único imóvel que eu tinha” disse.
“Ser uma empreendedora no Brasil não é fácil, mas isso está mudando. Acredito que nossa visão de negócios, enquanto mulheres, é diferente, pois analisamos de maneira racional, mas com uma pitada sentimento”, continua Lidiane.
A dentista Aline da Silveira Verboski, 35 anos, comprou a primeira unidade da OdontoCompany aos 23 anos. “Tive dificuldades em administrar, mesmo sendo uma clínica pequena. Busquei ajuda em cursos e pós graduação, como MBA em gestão estratégica de empresas, quando as coisas mudaram”, explica.
Hoje, com 11 operações, todas em Curitiba (PR) e região metropolitana, Aline conta que o processo para o sucesso foi demorado, mas que para crescer é necessário arriscar. “Pesquisei várias franquias odontológicas, plano de negócio e a OdontoCompany me conquistou. Trabalhei um período em uma unidade para ter certeza do meu investimento e já nos primeiros dias comecei a pensar em como abrir a minha própria franquia”, diz.
Marlene Bonfleur é dona de quatro franquias da Anjos Colchões & Sofás e está prestes a inaugurar a quinta unidade da mesma marca. O sonho de empreender começou quando foi contratada para ser vendedora de uma das lojas da rede, em 2017, mesmo ano em que abriu sua primeira loja. “Me dediquei tanto ao meu trabalho, que comecei a sonhar com minha própria loja”, conta.
A empresária também compartilhou que o maior desafio de empreender é conciliar negócio e família e deu dicas para as mulheres que querem ser dona do seu próprio negócio: não deixe de acreditar, o medo rouba os nossos sonhos. “Para transformar os meus sonhos em realidade, criei o ‘Quadro dos Sonhos’ e escrevo meus desejos ali, para visualizar os objetivos que quero conquistar”, finaliza.
Formada em Biologia, com mestrado e doutorado em melhoramento genético de plantas, Larissa Doto, 38 anos, trabalhava na área de pesquisa em biotecnologia da cana de açúcar. Em abril deste ano, decidiu largar a profissão e se lançar ao empreendedorismo ao lado do marido, que já era franqueado da rede de minimercados autônomos Minha Quitandinha.
“Com a oportunidade de assumir a operação, decidi sair da minha área de atuação e me lançar nesse novo desafio, o empreendedorismo, pois precisava dessa guinada. Aprendi toda a operação e a gerenciar as sete lojas que temos atualmente, pois de abril para cá inauguramos mais três”, comemora a franqueada.
Educadora de criança por anos, Mabia Rangel decidiu mudar o rumo de sua vida pessoal depois de ficar viúva. Dona de uma unidade Home Angels, maior rede de cuidadores de idosos da América Latina, ela uniu a vontade de ter o próprio negócio com a identificação em cuidar dos outros.
“Sou educadora e por muito tempo trabalhei com crianças especiais, além de me relacionar com avós e tios de idades avançadas que sempre me sensibilizaram e com os quais sempre tive habilidades para cuidar. Venho de uma viuvez de um marido empreendedor que me preparou para esta nova etapa da minha vida. Resolvi acreditar e buscar a minha melhor versão como mulher, mãe e profissional. Foi aí que descobri que o empreendedorismo era o que eu queria para atingir as minhas realizações”, afirma.
Natural de João Pessoa (PB), Priscila Leite Herédia, de 35 anos, dedicava-se à carreira judiciária, área de formação, no funcionalismo público. Foi no ano de 2019, logo após participar da ABF Franchising Expo, em São Paulo, quando se encantou pela Sestini, uma das principais empresas no segmento de malas, mochilas, bolsas e acessórios do país, que despertou para o desejo de se tornar empreendedora.
“Eu já conhecia a marca, mas aquele vermelho vivo e o layout bem iluminado me causaram um ótimo impacto, além da qualidade e apresentação dos produtos”, conta. A loja foi inaugurada em dezembro de 2019, em Campina Grande, 125km da capital paraibana. Mesmo com a pandemia, que veio poucos meses depois, a empreendedora não desistiu, enfrentou o desafio sem demissões e passou para as vendas on-line.
Hoje, a loja também vai até o cliente. “Minha equipe é toda feminina e o conselho que deixo para as mulheres é ter coragem, planejamento e buscar conhecimento sempre”, finaliza a franqueada.
Apaixonada por bolos caseiros, Carina Mendonça, de 49 anos, natural de Ribeirão Preto (SP), não escondia a vontade de empreender. Depois de conhecer a Casa de Bolos, maior rede de franquias de bolos caseiros do país, encantou-se ainda mais. No ano de 2012, já residindo em Campo Grande (MS), aproveitou seu período de férias, quando atuava como supervisora comercial de uma multinacional, para ir a Ribeirão Preto disposta a ter mais informações para investir em uma franquia.
Hoje, 10 anos depois, Carina gerencia seis unidades da Casa de Bolos e celebra a marca de conduzir a 3ª loja que mais vende bolos por mês em toda a rede. “Quando investimos nesse negócio, nos identificamos muito com a marca, que hoje consideramos uma extensão da nossa família. Já até fiz parte do conselho da franqueadora. Estamos muito felizes e tudo o que temos atualmente vem desse trabalho que eu amo fazer”, conta.
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Fonte: IG ECONOMIA