Nesta terça-feira (6), o general Alberto dos Santos Cruz , ex-ministro e ex-aliado do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL) , criticou a possível saída de comandantes militares para não prestar continência ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , em 2023 e disse que a atitude “não faz sentido”.
“Olha, eu vejo o seguinte, se você foi nomeado para ser comandante e você tem que exercer a sua função até o último dia. A função de comando não traz só satisfações e alegrias, ela tem também seus espinhos, suas responsabilidades, problemas que podem acontecer, que estão todos debaixo da sua responsabilidade”, disse Santos Cruz em entrevista ao ICL Notícias .
De acordo com o general, a função exige que os comandantes das Forças Armadas prestem as honras para quem estiver na liderança do Executivo do país, não importando quem seja. “O comando exige uma responsabilidade de ponta a ponta. É absolutamente funcional, isso não é pessoal. Tem que prestar as honras regulamentares, não interessa a quem seja. Isso aí é funcional”, continuou.
Ele ainda afirmou que não cabe uma interpretação pessoal, já que a responsabilidade faz parte do cargo.
“Não tem sentido fazer uma interpretação pessoal, dizendo ‘não quero, vou sair antes’. Sim, vai sair antes para deixar para o outro? Normalmente não se faz isso na vida militar. Na vida militar você vai no ônus e no bônus do comando até o final.”
No final de novembro, Santos Cruz se desfiliou do Podemos, partido ao qual havia se filiado ao lado do ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (União) . De acordo com o general , ele tinha ingressado na legenda em decorrência de um projeto político nacional que acabou não acontecendo.
Eleições 2022
A segunda rodada de votação das eleições ocorreu no dia 30 de outubro. Depois de 20 anos de sua primeira vitória, Lula venceu novamente o pleito e governará o Brasil pela terceira vez . Ele derrotou Bolsonaro e assumirá o Planalto a partir de janeiro de 2023.
De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petista obteve 50,90% (60.345.999) dos votos, enquanto o atual mandatário, teve 49,10% (58.206.354).
Desde a redemocratização, essa foi a nona eleição. Pela primeira vez, o presidente em exercício não foi reeleito . Como apontou o iG , os líderes nas pesquisas sempre venceram o pleito .
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Fonte: IG Política