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Em 2 anos, mais de 1700 pessoas foram vítimas de animais peçonhentos

Reprodução

Balanço do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATOX) do Hospital Municipal de Cuiabá e Pronto-Socorro “Dr. Leony Palma de Carvalho” (HMC) revela que 1.759 pessoas foram tratadas por situações de acidentes por animais peçonhentos. O dado compreende o período de janeiro de 2020 a outubro de 2022. O setor, que funciona há 35 anos, é referência no estado de Mato Grosso e fica instalado no HMC.

O médico coordenador do CIATOX, dr. José Antonio de Figueiredo, explica que os pacientes que chegam ao HMC são atendidos via emergência. Já os pacientes e profissionais de unidades de saúde de municípios do interior recebem atendimento e consultoria via telefone, através do contato 0800-722-6001, que funciona 24 horas.

“No estado de Mato Grosso a maior incidência dos acidentes escorpiônicos registrados no CIATOX são de casos leves, e são por um tipo de escorpião popularmente chamado de amarelinho”, informou o médico.

Segundo dr. José, os casos de acidentes escorpiônicos são mais comuns na zona urbana, pois no período chuvoso os escorpiões buscam abrigo em locais mais secos, e acabam entrando nas casas, ocorrendo o aumento dos casos de envenenamento por escorpião. “Os acidentes por escorpiões também podem causar o óbito, pois existem algumas espécies que são mais venenosas, porém são mais raras”, disse.

Conforme registro no CIATOX, a maior incidência dos acidentes ofídicos é por cobras peçonhentas da espécie jararaca, que representam aproximadamente 90% dos casos.

“São casos leves, moderados ou graves. Existe o soro específico para essa espécie ou outro soro misto. A orientação é que o soro seja aplicado quanto antes; por isso, é importante procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde para melhor diagnóstico e tratamento”, destacou o médico.

Paulo Rós, diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que gerencia o HMC, sob a administração do prefeito Emanuel Pinheiro, ressalta que o CIATOX passou por diversas mudanças e adequações ao longo dos anos, uma delas foi a mudança na nomenclatura.

“Em atendimento à portaria ministerial, que visa padronizar os Centros de Informação e Assistência Toxicológica, passamos a adotar a nomenclatura CIATOX, que antes denominava-se como CIAVE”, informou.

Em relação ao funcionamento do CIATOX, que está instalado desde 2019 no HMC, o diretor-geral explica que os resultados foram positivos para os usuários do SUS.

“A gestão Emanuel Pinheiro evoluiu na qualidade dos serviços prestados, com incremento dos recursos humanos, melhoria estrutural, novos mobiliários, aumento no número de plantonistas e melhoria das bases de informações. Além da linha do cuidado com plantonistas do setor, responsáveis por acompanhar o paciente no atendimento feito pelos médicos, e por providenciar os soros específicos e antídotos, através do contato com a vigilância epidemiológica do hospital”, completou Rós.

Orientações

Em casos de picadas de cobra, escorpiões e aranhas, uma das orientações é levar o animal ao hospital, caso seja capturado, ou foto, para ajudar na identificação do tipo de acidente.

Antes de chegar a uma unidade de saúde, é necessário manter o paciente em repouso no primeiro momento, e elevar o membro afetado, para ajudar na circulação e diminuir o edema ocasionado com o inchaço.

Não é recomendado amarrar acima do local da picada e nem furar o local afetado. Também não é recomendado dar bebida ou outras substâncias ao paciente, exceto analgésico, pois tais procedimentos podem agravar os casos.

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