DA REDAÇÃO/MAK LUCIA
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Os advogados Rodrigo Moreira Marinho, 43 anos, Marcio Camargo da Silva, 40 anos, foram presos na noite desta segunda-feira, 23 de janeiro, no bairro Pedregal, em Cuiabá, após uma confusão com militares da equipe de Raio. Os advogados alegaram que foram agredidos com socos, tapas e chutes. Além dos dois, uma terceira advogada, esposa de Marinho, também foi vítima da truculência policial. A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) foi acionada para apurar o caso.
Em vídeos gravados pelos próprios advogados mostram os policiais militares abordando e conduzindo ambos, algemados, para a Central de Flagrantes no bairro Verdão. A esposa de um deles, que também é advogada, pede a todo momento que o polícia não conduza o marido no camburão.
A versão apresentada pelo advogado é que estariam no local a pedido de familiares de um cliente para acompanhar a ocorrência e resguardar a dignidade do cliente.
Ainda durante as primeiras horas da madrugada, uma comitiva da Ordem dos Advogados se reuniu em frente ao Cisc Verdão para prestar apoio aos colegas que foram presos. O advogado Ulisses Rabaneda, confirma a versão do colega de profissão, Rodrigo Marinho e diz que ele e os outros profissionais foram vítimas de truculência policial durante um atendimento a um cliente.
Conforme um dos conduzidos, ele teve o celular quebrado para não ser periciado. “Conversamos com o delegado de polícia, mostramos para ele a arbitrariedade pela condução da Polícia Militar, o delegado já nos afiançou que não vai lavrar nenhum procedimento contra os advogados, sequer um termo circunstanciado de ocorrência, o que para nós é muito importante”, afirma Rabaneda, no vídeo.
O advogado completa dizendo que ficou comprovado que os advogados não praticaram nenhuma ilicitude, que as imagens gravadas durante a ação serão encaminhadas para corregedoria da Polícia Militar e a comissão do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP) irá cobrar de maneira incisiva para que as providências sejam tomadas.
Ainda nesta terça-feira (24), a IAB se reunirá com o juiz Marcos Faleiros, responsável pela Vara Militar em Mato Grosso. A reportagem tentou contato com a Polícia Militar, mas não houve retorno, o espaço segue aberto para manifestações posteriores.
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