DA CNN BRASIL
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O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) —que mede a inflação oficial do país–, variou 0,53% em janeiro, quarto mês seguido com alta, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (9).
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 5,77%. O mercado esperava alta mensal de 0,57% e avanço de 5,08% em 12 meses. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas vestuário apresentou variação negativa.
O maior impacto positivo geral no índice veio do grupo de alimentação e bebidas, com alta de 0,59%, contribuindo com 0,13 ponto percentual (p.p.) no IPCA. Dentro desse grupo, os destaques são batata-inglesa (14,14%) e cenoura (17,55%), diz o instituto.
A cebola, por outro lado, registrou queda de 22,68% no preço.
“As altas nesses dois casos se explicam pela grande quantidade de chuvas nas regiões produtoras. Por outro lado, observamos queda de 22,68% no preço da cebola, por conta da maior oferta vindo das regiões Nordeste e Sul, item que teve alta de mais de 130% em 2022”, diz o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, em nota.
O segundo maior impacto positivo no índice geral veio do grupo dos transportes (0,55%), contribuindo com 0,11 p.p. em janeiro, com combustíveis registrando alta de 0,68%.
“Nos transportes, os destaques foram a gasolina, com alta de 0,83%, o emplacamento e licença, que incorporou pela primeira vez a fração referente ao IPVA de 2023, com alta de 1,60%, e o automóvel novo, com aumento de 0,83%”, diz Kislanov.
O IBGE destaca ainda uma desaceleração na alta do grupo Saúde e cuidados pessoais (de 1,60% em dezembro para 0,16% em janeiro), levada, princialmente, pelo recuo de 1,26% em higiene pessoal.
“Esse resultado é explicado pela queda nos preços de perfumes e artigos de maquiagem. Observamos queda em novembro no contexto da black friday, alta logo após, em dezembro, e, em janeiro, nova queda com descontos sendo verificados no setor”.
Sobre o grupo de vestuário, que teve a única queda do IPCA, a pesquisa ressalta que foi o primeiro recuo no grupo após 23 meses seguidos de altas, com a última retração tendo sido registrada em janeiro de 2021.
“O recuo em janeiro de 2023 se deve ao fato de várias lojas terem aplicado descontos sobre os preços que foram praticados em dezembro, para o Natal. O fator que mais influenciou no resultado foi uma queda de 1,37% no item de roupas femininas”, diz Kislanov.