DA REDAÇÃO
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A reabilitação de um paciente que nasceu com uma fenda lábio palatina ou lábio leporino, envolve uma equipe extensa de profissionais e, algumas vezes, mais do que apenas um único procedimento cirúrgico. Isso acontece porque a região do céu da boca e do lábio exercem papel importante no desenvolvimento da fala e da respiração, sendo que sua alteração anatômica pode impactar até mesmo a audição.
As consequências de não operar o lábio leporino ou a fenda labiopalatina podem ser diversas, conheça algumas delas.
1. Pacientes com fissuras lábio palatinas estão mais suscetíveis a infecções de ouvidos
Em algumas crianças que possuem lábio leporino ou fenda de lábio e palato, a tuba de Eustáquio que liga a orelha média à boca não executa sua função de drenagem corretamente, o que por sua vez provoca o acúmulo de fluidos na orelha média. O líquido acumulado pode favorecer a procriação de bactérias causadoras de infecções. Neste caso, recomenda-se a colocação de tubos de drenagem nos tímpanos até a correção da fissura palatina.
2. Desnutrição alimentar em crianças com fendas de palato
Pela condição anatômica da região, os bebês que nascem com fissura labiopalatina não conseguem sugar o leite materno. Em casos graves, pode ser necessária a colocação de sondas naso-gástricas para alimentação. No entanto, em geral, a alimentação é realizada por meio de colheres de silicone ou mamadeiras especiais, seja com leite ordenhado ou fórmula.
Pacientes com deficiência de algum tipo de vitamina podem receber a indicação de suplementação adicional, conforme orientação de um nutricionista.
Alterações na arcada dentária
Por ocorrerem em graus variados, as fendas labiopalatinas afetam a arcada dentária dos pacientes fissurados de formas distintas, podem existir, portanto, dentes a mais ou faltando.
O alinhamento da arcada dentária após a cirurgia e a prevenção de cáries, sobretudo, no período que antecede a operação também é bem importante para o paciente.
O que é o palato e sua importância em nosso corpo
O palato separa a cavidade oral da região nasal e é dividido em duas partes. A primeira parte é a que chamamos de “palato duro” ou “palato ósseo”. Essa região é formada pelos processos palatinos das maxilas e dos ossos palatinos. Está localizada próxima aos dentes, na parte da frente da boca. A segunda parte do palato é o “palato mole”, também denominada de “palato muscular”, fica localizada na parte de trás da boca, mais próxima da garganta.
O palato duro e o palato mole têm papel importante na pronúncia de consoantes e na fala, em geral. Além disso, o palato mole auxilia na deglutição e impede que os alimentos e líquidos passem para a cavidade nasal.
Se o seu filho foi diagnosticado com fissura labiopalatina, a anomalia congênita de crânio e face mais comum, procure orientação de um especialista para que o tratamento seja iniciado no tempo mais adequado de acordo com o seu desenvolvimento.