DA ASSESSORIA / ROBSON FRAGA
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O deputado estadual Wilson Santos (PSD) esteve na tarde desta segunda-feira (13), reunido com o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MBD).
Em pauta, resultados da Expedição Rio Cuiabá, que apontam uma série de agressões ao meio ambiente, inclusive no trecho que passa pelo município.
Entre os apontamentos, Wilson falou sobre o número de tablados encontrados nos 680 km navegados durante a expedição: 1.200. Também sobre as 20 dragas que já estão retirando barro do fundo do rio ao invés de areia “que já não existe mais”.
O deputado explicou que a construção da barragem da Usina do Manso represou a areia que antes era levada para o Rio Cuiabá e que hoje as dragas estão retirando barro do fundo do rio alterando o meio ambiente.
“Não sou contra as dragas, mesmo porque precisamos da areia, mas a favor de que sejam levadas para o local correto evitando a degradação do rio Cuiabá. Além do barro, elas também sugam os peixes, muitos deles antes da desova, o que interfere diretamente no estoque pesqueiro do rio, afetando a pesca e a economia das comunidades ribeirinhas, inclusive em Várzea Grande”.
Estudos do professor-doutor Caiubi Kuhn, geólogo da UFMT, que participou da reunião, sugerem que estas dragas sejam remanejadas para o lago da Usina do Manso, onde está toda a areia represada.
Wilson Santos ressaltou, ainda, a questão do despejo de esgoto in natura. Sobre isso, o prefeito Kalil explicou que providências estão sendo tomadas para o tratamento dos resíduos.
“Temos cerca de 30% do esgoto tratado, vamos chegar a 60, 65%, até o fim do mandato. […] Vamos atender 60 a 90 mil famílias”, explicou o prefeito Kalil que pretende instalar um reator na estação de tratamento do município e evitar o despejo in natura no rio Cuiabá.
“Vamos somar forças com a Assembleia Legislativa, com a Universidade e os atores envolvidos pra que a gente entregue saneamento de qualidade e ajude a salvar o Rio Cuiabá “, completou.
Também participaram da reunião o capitão-tenente da Marinha, Monzaldo, e o primeiro-tenente Goltara; o professor-doutor Francisco Machado, da UFMT; e os professores-doutores Eliana Rondon e Jose Álvaro, do Comitê da Bacia do Rio Cuiabá, que estiveram na expedição.