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Os membros da CPI criada pela Câmara Municipal de Cuiabá para investigar excessos da equipe de intervenção na Secretaria de Saúde fez a reunião de instalação na manhã desta sexta-feira (17), às 10h, na Sala das Comissões Permanentes da Casa. De imediato duas medidas foram anunciadas, o nome do primeiro depoente, Hugo Fellipe Lima – interventor – e a visita do presidente da Câmara, Chico 2000, à Assembleia Legislativa para solicitar o engajamento dos deputados nas ações que visam solucionar os problemas que a área da saúde em Cuiabá.
Acompanhado do relator, vereador Rodrigo de Arruda e Sá (CIDA) e do membro titular, vereador Sargento Vidal (MDB), Luís Cláudio – que preside a CPI -, munido de farta documentação, expôs os 6 principais motivos que levaram à criação da comissão: possível conflito de interesses econômicos do interventor elevação do número de óbitos durante a intervenção paralização do funcionamento da UTI pediátrica – que nunca antes havia acontecido divulgação de dados provavelmente inverídicos utilização política da intervenção e atitudes agressivas e anti-éticas contra servidores.
Luís Cláudio esclareceu que o embasamento jurídico para funcionamento da CPI foi dado pela Procuradoria da Câmara e declinou o objeto central – excessos da equipe interventiva – somando os sub tópicos: desvio de finalidade, abuso de autoridade, descontinuidade dos serviços de saúde e desequilíbrio e inadequação do financiamento e seus efeitos negativos na rede de saúde pública da Capital.
O presidente Luís Cláudio detalhou que essas inconsistências foram verificadas a partir de relatos colhidos pela Prefeitura e esclareceu que a CPI vai agora tomar depoimentos dos servidores, isto por que os relatos não possuem o mesmo caráter jurídico.
O parlamentar ressaltou que a CPI não será apenas investigativa, mas vai também propor soluções. “Por isso o presidente desta Casa foi até a Assembleia sensibilizar os deputados para que se juntem a nós vereadores a fim de buscarmos soluções aos problemas de Cuiabá e do estado de Mato Grosso”. Para que isso aconteça, “os hospitais do interior precisam funcionar, precisamos acabar com a ‘ambulanciaterapia’, as especialidades precisam chegar às cidades do interior. E isso depende do trabalho de deputados”, considerou.