O policial civil Mario Wilson Vieira, suspeito de matar a tiros o policial militar Thiago de Souza Ruiz, em uma conveniência, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva, nesta sexta-feira (28), após passar por audiência de custódia em Cuiabá.
Os advogados dos dois foram procurados, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo a decisão do juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, o policial foi encaminhado para uma unidade prisional em Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital, para garantir a integridade física e psicológica por se tratar de um policial civil, que não poderia ficar em um presídio comum.
Em depoimento, o investigado disse que efetuou os disparos contra o militar por medo de morrer.
Por volta de 03h30 dessa quinta-feira (27), as equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Corregedoria-Geral foram acionadas para atender a ocorrência de homicídio na conveniência de um posto de combustível ao lado da Praça 08 de abril, na capital.
De acordo com testemunhas, os policiais teriam se conhecido no dia do crime e tiveram desavenças logo no início. Uma funcionária do local disse que o policial militar disse: “Eu também sou policial, eu também estou armado, você não sabe o que eu posso fazer, minha reação, mas está tudo tranquilo”.
Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento registraram o crime. Nas imagens, é possível ver Thiago (de camisa branca), Mario (de camisa cinza) e outro homem estão sentados à mesa. Thiago mostra uma cicatriz e, em seguida, Mário se levanta com o revólver na mão e puxa a arma da cintura de Thiago, que tenta pegar o revólver novamente. Eles entram em uma luta corporal.
A PM informou que Thiago ingressou na corporação em fevereiro de 2011 e, atualmente, estava lotado no 7º Batalhão de PM, em Rosário Oeste, área do 2º Comando Regional. O velório e sepultamento do policial foi realizado em Jaciara, a 142 km de Cuiabá.