DA REDAÇÃO/ MATO GROSSO MAIS
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A Polícia Civil por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) cumpriram 15 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão no âmbito da Operação Rapta, nessa segunda-feira, 26 de junho, que investiga os crimes de tortura, extorsão mediante sequestro e associação criminosa contra um empresário de Cuiabá.
O crime ocorreu no mês de fevereiro deste ano, quando o empresário de 45 anos foi abordado por um grupo criminoso armado, enquanto conduzia seu veículo em uma via da capital, e colocado no porta-malas de outro carro. A vítima foi levada a diversos locais em Várzea Grande, entre eles, motéis e uma chácara. Durante o período em que foi mantido em cativeiro, os criminosos exigiram que o empresário fizesse transferências via Pix para contas indicadas pelo bando.
Além das transferências bancárias, alguns suspeitos saíram com o cartão de crédito da vítima e tentaram realizar saques, mas sem sucesso. Foram cumpridas sete prisões temporárias contra integrantes do bando envolvidos na extorsão e sequestro do empresário e oito mandados de buscas em diversos endereços de Cuiabá e Várzea Grande.
Investigação
Com a instauração para apurar o crime, a GCCO reuniu informações que levaram à participação de G.B.D.S. e sua esposa, N.S.P. que foram presos em flagrante logo após o crime. G.B.D.S, foi indiciado e se tornou réu, sendo denunciado à Justiça por extorsão mediante sequestro e associação criminosa.
No decorrer da investigação complementar, a equipe da GCCO apurou que o pagamento via Pix do motel utilizado como um dos cativeiros foi feito para a conta de outra mulher. Interrogada pela Polícia Civil, ela confessou sua participação no crime, além de seu marido e outros integrantes do bando.
O homem preso em flagrante na ocasião do sequestro foi novamente interrogado na GCCO e informou todo o planejamento do sequestro que as ordens partiram de um criminoso que está detido na Penitenciária Central do Estado.
A partir da criação de um grupo em um aplicativo de mensagens, o criminoso da PCE passou a coordenar o sequestro do empresário, adicionando os demais integrantes do bando que executariam todas as etapas do crime.
A equipe da GCCO identificou as contas bancárias que receberam os valores extorquidos do empresário, entre elas a de uma mulher que recebeu R$ 25 mil e declarou na GCCO que apenas teria ‘vendido’ as contas para recebimento dos valores. Contudo, a investigação apontou que as contas foram abertas após os fatos criminosos e foi constatado que houve um acordo da investigada e os demais integrantes da organização criminosa para o depósito de valores oriundos dos crimes.
Sequestro e fuga
Na saída de um dos motéis usados como cativeiro, quando provavelmente iriam transferir a vítima para outro local, o grupo criminoso saiu pelo lado errado do motel e furou os pneus do veículo Prisma. Após o incidente, um dos criminosos pediu ajuda para que retirasse do local três do bando. Toda a ação foi gravada por câmeras de monitoramento do prédio.
A vítima foi retirada do Prisma e trancada no porta-malas de seu próprio veículo, e deixada em uma chácara em Várzea Grande. Parte do grupo saiu do local e foram para um bar. A vítima conseguiu sair do veículo e fugir.