DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Com aumento percentual de um ponto sobre o mês anterior, o nível de endividados em Cuiabá atingiu 87,2% no mês de agosto – o maior índice até o momento no ano. O levantamento realizado pela Confederação Nacional de Comerciário de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MT) mostra, ainda, que o indicador está 12,8 pontos percentuais (p.p) maior que em agosto do ano passado, quando contabilizava 74,4%.
Na contramão do crescimento, a pesquisa traz um recuo de 1,7 p.p. no índice de inadimplentes na capital do estado, totalizando 25,1% das famílias cuiabanas. O índice também está 3,5 p.p menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando atingia 28,6%. Já as que disseram que não terão condições de pagar suas dívidas, o índice permaneceu estável em 6% em julho e agosto deste ano, além de estar 1,2 p.p. menor que em agosto de 2022.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca a boa administração financeira que as famílias da capital estão tendo com o dinheiro. “O aumento do endividamento, junto à diminuição do nível de inadimplência das famílias cuiabanas é um fator positivo para a saúde financeira familiar, o que mostra a capacidade de quitar suas dívidas, ao passo que continuam consumindo a prazo”.
Ainda com relação à inadimplência, Wenceslau Júnior explica que “o recuo observado no número de famílias com dívidas em atraso é um fator muito importante para a retomada a capacidade de adquirir novos créditos, as inserindo, novamente, em âmbitos de consumo que antes estavam impossibilitadas”.
A média de dias de atraso no mês de agosto é de 47, um dia a mais que o observado no mês anterior. Dentre as famílias que estão inadimplentes, 26,2% possuem mais de 1 ano de comprometimento com dívida, recuo de 2,6 p.p., no comparativo mensal e 26,9% têm entre 6 meses e 1 anos.
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No entanto, o presidente conclui que o uso do crédito deve ser utilizado em favor do consumidor. “Usar o crédito para as compras, deve ocorrer como uma ferramenta que o potencializa, com precaução para não se tornar inadimplência, assim geram-se maiores movimentações econômicas e oportunidade consumo para as famílias”.
No cenário nacional, cerca de 77,4% famílias brasileiras se situam endividadas, queda de 0,7 p.p. ante a julho, e dentre este percentual, 32,3% se encontram pouco endividadas, outros 27,7% estão mais ou menos endividadas, e 17,5% estão muito endividadas, entre as que possuem contas com atraso no pagamento, houve um crescimento de 0,4 p.p. no comparativo mensal, totalizando 30% do montante.