DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Sintap-MT
Em meio a debates sobre o Reajuste Geral Anual (RGA) para os servidores públicos, o vice-líder do governo, deputado Beto Dois a Um, afirmou que a realidade financeira do estado não comporta um aumento superior a 4,62%, proposta pelo governo e aprovada pela ALMT, devido à queda na arrecadação tributária do agronegócio.
No entanto, as declarações de Beto foram alvo de contestação por parte da presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap/MT), Diany Dias.
Em resposta, ela apontou para a existência de um déficit acumulado de anos anteriores que justifica a ausência de ganho real na proposta de RGA.
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A líder sindical destacou ainda que não houve cortes nos repasses para os outros poderes, mas apenas para os servidores do executivo, questionando a equidade da distribuição de recursos.
Diany também levantou questões sobre a realidade financeira do estado, mencionando recentes repasses bilionários para outras áreas. “Estamos acompanhando repasses significativos para diversos setores. Se há uma alegada queda financeira, por que não rever os incentivos fiscais em vez de impactar diretamente os servidores do executivo?”, indagou.
Outro ponto abordado pela presidente do Sintap/MT foi a disparidade no tratamento dos poderes. “Se os outros poderes já receberam até o retroativo da RGA, por que apenas os servidores do executivo estão sem receber? Dar a RGA para o servidor não é apenas um direito, é também um investimento na economia do estado. Todos, no final das contas, acabam se beneficiando, principalmente porque os servidores gastam no comércio local, os empresários pagam os impostos ao estado sobre suas mercadorias e a roda da economia gira”, argumentou Diany.