“Temos que parar de ser hipócritas”, diz Mendes sobre fechamento de delegacias

O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou a intenção de fechar delegacias no interior do Estado. Segundo o democrata, a medida é parte do pacote de ajustes fiscais e necessária para uma melhor prestação do serviço.

“Nós temos que parar de ser hipócritas. Não tínhamos delegacias nesses lugares. O que nós tínhamos era uma sala alugada. Nessas cidades não tinha juiz, não tinha promotor e nessas chamadas delegacias não tinha delegado. Isso trazia custos e não gerava resultados”, argumentou, na manhã desta sexta-feira (1º).

Ainda não há uma confirmação de quantas e quais unidades da Polícia Judiciária Civil serão fechadas. O assunto é debatido desde o início de fevereiro, quando um relatório, defendido pelo Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo), foi apresentado ao governador.

Mauro Mendes confirmou o que o delegado geral da PJC, Mário Dermeval Aravechia de Resende, já havia argumentado: falta efetivo policial para que estas unidades funcionem. “Não dá para fazer de conta que tinha uma delegacia. Algumas delas, durante um ano inteiro, fizeram um único inquérito policial”, completou o governador.

A crise econômica e o decreto de calamidade financeira do governo, atualmente, impedem a realização de um concurso público. Enquanto isso, de acordo com o delegado geral, a população cresce em um ritmo mais acelerado do que a quantidade de delegados e policiais.

Segundo Mário Dermeval, Mato Grosso conta hoje com 3.023 policiais civis, o que é um efetivo é maior do que em 2013, quando o Estado tinha 2.215. Entretanto, a quantidade de policiais por habitante reduziu. Há seis anos, havia um policial para cada 14 mil mato-grossenses, hoje, cada policial precisa atender 15 mil pessoas.

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