Enterrado em cemitério Clandestino sofria ameaças do CV

Corpo de homem decapitado localizado em cova funda na última sexta-feira (8) é de Nelson Wolfred Shug Neto, morador de Campinas (SP) que estava em Cuiabá trabalhando com sinalização de trânsito. A confirmação foi feita pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) na manhã desta terça-feira (12). Familiares relatam ameaças do Comando Vermelho.

Ele foi visto pela última vez no dia 15 de fevereiro atrás do hotel Coxipó, onde estava hospedado. A motivação do crime ainda é apurada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá.

O corpo estava enterrado na região do Coxipó, no meio da mata. A cabeça foi separada do corpo e estava na mesma cova. A vítima ainda estava com as mãos amarradas. Foi por meio de uma denúncia à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que policiais chegaram até o local, denominado cemitério clandestino.

Existe a possibilidade de o crime estar associação à facção criminosa Comando Vermelho de Mato Grosso. Ele teria recebido ameaças.

Ameaças do CV

A família de Nelson afirma que ele veio para Cuiabá no dia 27 de dezembro do ano passado para trabalhar em uma empresa terceirizada de sinalização em rodovias.

Na sexta-feira que sumiu, Nelson ainda mandou áudios para a irmã falando que estava sendo ameaçado. Ele contou que criminosos acreditavam que ele era membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa praticamente excluída em Mato Grosso pelo Comando Vermelho (CV).

A irmã pediu que ele fosse embora naquele dia (15/02). A previsão era que retornasse para São Paulo no domingo. Mas revelou que às 20h daquele mesmo dia ligou para o irmão, e o telefone só dava desligado. “Era um pessoal barra pesada. Acharam que ele era do PCC só por ser paulista. Mas ele nunca foi. Era trabalhador. Olha o que esse lixo daí fez com meu irmão”, desabafa.

Nelson tinha uma filha de 10 anos. A família aguarda providências para o traslado do corpo para São Paulo. A informação é que a empresa está cuidando dos procedimentos. A reportagem ainda não conseguiu contato com a empresa.

O corpo de Nelson foi encontrado no dia 8 deste mês. Ele foi decapitado e estava com as mãos amarradas para frente. No dia da localização do corpo, o delegado Olímpio da Cunha Fernandes Júnior destacou que não podia descartar ser um crime a mando de organização criminosa, justamente por causa das características da execução.

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