Prefeito manda investigar propina na Saúde de Cuiabá

Com as denúncias feitas pelo ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) disse que já determinou à Procuradoria-Geral do Município (PGM) que faça um estudo jurídico sobre se houve pagamento mensal de propina a agente público, para que empresas ligadas a eles mantivessem contratos com Hospital Municipal São Benedito.

Emanuel disse que só vai apresentar o detalhamento da investigação depois da divulgação da suposta delação feita pelo médicos que segue em segredo de Justiça.

“Já determinei à PGM que faça o estudo jurídico e entre em contato com os órgãos de controle e investigação. Estou pronto para que a transparência seja dada. Parece que foi uma licitação de 2015 onde houve um cartel entre as empresas”, respondeu o emedebista.

O posicionamento de Emanuel Pinheiro ocorre após Huark, Fábio e Luciano afirmarem que vão confessar à Justiça detalhes de como eram feitos os pagamentos de propina do São Benedito de outros contratos. Diante da colaboração, a juíza Ana Cristina Silva Mendes informou não existir mais razões para a manutenção das prisões que haviam sido determinadas com o objetivo de inibir possível obstrução nas investigações, como destruição de provas e ameaças de testemunhas, mantendo a ordem pública.

Operação Sangria

A investigação da Operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados à Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.

Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado.

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