O Bradesco projeta encerrar o primeiro semestre com uma carteira de crédito para o setor agropecuário na faixa de R$ 25 bilhões, ante R$ 18,5 bilhões no encerramento de 2018. Até o fim do ano, o banco quer chegar a R$ 30 bilhões, o que elevaria a sua participação de mercado de 7% para 10%.
Com forte atuação junto a pequenos e médios produtores, o Bradesco agora mira os grandes agricultores, que terão menos suporte do governo no Plano Safra 2019/20. “Vamos aumentar a estrutura, com profissionais e novos produtos, para ganhar participação”, diz Roberto França, diretor de Agronegócio da Área de Empréstimos e Financiamentos.
Até o fim de junho o Bradesco vai concluir a abertura de 14 plataformas específicas de atendimento ao agronegócio. Doze já foram inauguradas, sendo a mais recente em Luís Eduardo Magalhães (BA), aberta na semana passada durante a Bahia Farm Show. Duas outras unidades, uma no Norte e outra também no Nordeste, estão sendo instaladas.
Digital
Além das linhas de crédito a juros livres e controlados, o Bradesco ampliará a carteira de Cédula de Produto Rural (CPR Financeira), hoje em cerca de R$ 4 bilhões. “A meta é buscar pelo menos R$ 7 bilhões”, diz França. O banco quer lançar a CPR digital até o fim do ano, com contratação de crédito pelo internet banking ou aplicativo. O instrumento ganhou força com menos recursos a juro controlado e o aumento da renda rural.
À procura
Para custeio agrícola e pecuário, o banco alocou 50% dos R$ 340 milhões disponíveis no Plano Safra 2018/19 ao Pronamp adicional, cujos recursos vieram da mudança, em fevereiro, na exigibilidade nos depósitos à vista. O crédito é voltado principalmente ao médio produtor, à taxa de até 6% ao ano para financiamento em até 12 meses e ainda há recursos para emprestar até 30 de junho.
*Colaborou Leticia Pakulski