Mato Grosso reduziu o desmatamento na Floresta Amazônica pelo quinto mês consecutivo. Os dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), elaborado pelo Imazon, apontam que em junho de 2019 o Estado reduziu o desmatamento em 26% na comparação com junho do ano anterior. Já no acumulado agosto de 2018 a junho de 2019 em relação ao mesmo período de 2017 a 2018, a redução foi de 22%.
Dos oito Estados da Amazônia Legal avaliados pelo Instituto, Mato Grosso é o único que vem apresentado redução no desmatamento desde fevereiro deste ano.
“Estamos alcançando bons resultados graças à coesão da secretaria, comprometimento e dedicação de toda a equipe. Mato Grosso mais uma vez se destaca na implementação de políticas públicas ambientais”, comemora a secretária de Estado de Meio Ambiente Mauren Lazzaretti.
Ela explica que o Estado combina as ações de comando e controle com incentivos para valorização da floresta em pé, como o Plano de Manejo Florestal Sustentável.
As ações de Mato Grosso para combater o desmatamento ilegal em Mato Grosso estão elencadas no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Incêndios Florestais do Estado de Mato Grosso (PPCDIF/MT), que já está em sua terceira fase.
O secretário-executivo da Sema, Alex Marega, pontua que as ações de comando e controle estão pautadas no monitoramento constante, por meio de autuação remota e presença da fiscalização; sensibilização dos proprietários rurais; criminalização e responsabilização
Outra frente de atuação mato-grossense para conter o desmatamento e valorizar a floresta em pé é o desenvolvimento de estratégias integradas para o Desenvolvimento Rural de Baixa Emissão (DBRE). De acordo com o Instituto Earth Innovation, de 39 jurisdições que abrigam florestas tropicais em seu território, Mato Grosso é a única que mantém uma ampla gama de iniciativas mais avançadas que abordam a produção agropecuária sustentável para propriedades de grande e pequeno porte.
Essas iniciativas estão todas elencadas dentro da Estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), lançada na COP 21 em Paris, que inclui 21 metas claras para aliar produção com conservação ambiental e inclusão social. Os marcos foram desenvolvidos por meio de processos participativos que incluíram atores de setores públicos, privados e sem fins lucrativos e buscam o desmatamento líquido zero em todo o estado e zerar emissões líquidas de carbono florestal até 2030, mantendo aproximadamente seis gigatoneladas de CO2 fora da atmosfera, além de manter no mínimo 60% da cobertura vegetal nativa.
Fiscalização
Entre janeiro e maio de 2019, a equipe da Coordenadoria de Fiscalização de Flora aplicou mais de R$ 222 milhões em multas por crimes relacionados ao desmatamento ilegal. Nesse período foram embargados mais de 44 mil hectares e apreendidos cerca de 3,6 mil metros cúbicos de madeira de origem ilegal.