Com objetivo de capacitar policiais militares ambientais, servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Promotoria de Justiça de Rondonópolis (a 212km e Cuiabá) a utilizarem a ferramenta digital gratuita adotada pelo projeto Olhos da Mata para coibir os desmatamentos e incêndios ilegais, o Ministério Público promoveu Workshop sobre a Global Forest Watch (GFW), no dia 12 de agosto, no auditório da 2ª Companhia de Polícia Militar de Proteção Ambiental. O evento foi realizado em conjunto pelo Centro de Apoio Operacional a Execução Ambiental (CAEx Ambiental/CAO), e pelas Promotorias de Justiça de Itiquira e Rondonópolis.
O engenheiro florestal José Guilherme Roquette, analista do CAO, foi o instrutor da turma. “Os participantes foram capacitados a utilizar a plataforma interativa online Global Forest Watch para recebimento de alertas, em tempo quase real, sobre desmatamentos e incêndios em áreas de interesse para o monitoramento ambiental. Assim, pudemos difundir e ferramenta e a metodologia do projeto Olhos da Mata, bem como os resultados de redução dos desmatamentos e incêndios ilegais desde que passou a ser utilizada pela Promotoria de Itiquira”, contou.
Conforme José Guilherme, a plataforma GFW é simples, fácil de ser utilizada e gratuita. “Tem como base a tecnologia de satélites, computação em nuvem e dados abertos”, afirmou. Trata-se de uma plataforma dinâmica online de monitoramento e alerta, que fornece informações oportunas e confiáveis de forma a permitir uma melhor gestão de florestas a partir de qualquer lugar. A ferramenta é gratuita e fácil de usar, pois não requer conhecimento técnico avançado.
Olhos da Mata – O projeto utiliza alertas da plataforma GFW para identificar semanalmente áreas de perda de cobertura florestal usando informações de imagens de satélite em tempo próximo da real. Assim que recebidas, as coordenadas dos alertas do desmatamento são cruzadas com informações do imóvel e seus proprietários e o Ministério Público faz a comunicação imediata, por telefone, bem como notifica os proprietários pelos Correios. Os alertas são emitidos a partir de desmatamentos de 0,09 hectares.
A iniciativa visa também a preservação do clima, já que o desmatamento ilegal é a principal contribuição brasileira para o aquecimento global, cujas consequências podem impor efeitos nocivos não só para a biodiversidade, fauna e flora, como também para as principais atividades humanas, como a agricultura.