Dias atrás, andei me perguntado: até onde alguém pode ir na busca incessante pela ilusória sensação de poder? Até que ponto um ser humano é capaz de se rebaixar, atropelar pessoas, valores éticos e morais, mentir e acusar cidadãos de bem de crimes que não tenham cometido? Será que a fome de ascensão político-sindical é tão voraz a ponto de induzir um homem a práticas tão vis e miseráveis?
Pois é, não demorou muito para vir a resposta. Há poucos dias, fui vítima de um sórdido ataque pelas costas; golpeada por um cidadão em que um dia confiei como colega de profissão e defensor dos investigadores da Polícia Judiciária Civil (PJC). Alguém que pensei ser um servidor bem formado, honesto, reto e digno de trabalhar em defesa da sociedade.
Nem mesmo em pesadelo poderia acreditar que o secretário geral do Sindicato dos Investigadores de Polícia de Mato Grosso (SINPOL-MT), Jamilson Adriano de Souza Moura, fosse capaz de me acusar de desviar R$ 1,4 milhão do nosso sindicato para minha conta pessoal. Tampouco, de acusar nosso vice-presidente, Gláucio de Abreu Castañon, de conluio.
História insana, mas registrada na PJC (B.O 2019.118217) no dia 18 de abril deste ano e comunicada como fosse verdade à Corregedoria da Polícia Judiciária Civil pelo próprio acusador que ainda sugeriu às autoridades que eu e meu vice estaríamos tramando sua morte; ato inescrupuloso!
Sou cristã, mulher, mãe de família e policial civil. Lutadora incansável pela segurança pública e pela defesa dos direitos dos nossos servidores. Só posso acreditar que tudo isso seja uma retaliação em decorrência da abertura de Procedimentos Administrativos Disciplinares, pela Comissão de Ética do SINPOL-MT (17/10/2018), em desfavor de Jamilson Moura que o investiga sobre aquisição indevida de materiais de construção adquiridos por ele em nome do SINPOL-MT e desviados para terceiros. Movimentação realizada junto a Comercial Eldorado como consta em Comunicação Interna (22/2018) e no B.O 2019.267059 registrado pela advogada da empresa, Beatriz Francisco Nascimento Martins no dia 6 de setembro deste ano.
“Ocorre que há cerca de 7 meses, o senhor Jamilson Moura efetuou uma compra no valor acima de R$ 10 mil (dez mil reais) em nome do SINPOL-MT. Porém, logo após, um motorista do sindicato comentou na loja que acreditava que a compra havia sido destinada para outro local; um centro comunitário do bairro Nova Conquista, onde o Jamilson era presidente da associação desse bairro. Foi então que a empresa teve conhecimento que ele somente utilizou do sindicato para efetuar a compra.” “A proprietária da loja entrou em contato com a Edleusa para saber se havia sido autorizado e então teve ciência que não havia sido autorizado. Cerca de 20 dias após esse contato, Jamilson foi até a empresa e pediu para emitir Nota Fiscal e boletos em seu nome. Porém, não tem efetuado o pagamento”, informações do B.O 2019.267059.
Quatro dias depois deste registro de ocorrência, Jamilson foi à polícia e fez todas estas inescrupulosas acusações, anteriormente citadas, contra mim. Além disso, denunciou ao GAECO (MP) suposto desvio de R$ 40 mil das contas do sindicato, mas sem sucesso. No dia 19 de agosto de 2019, o SINPOL-MT encaminhou ofício ao GAECO, ao GCCO e à Corregedoria da PJC se prontificando a apresentar documentos e prestar esclarecimentos sobre quaisquer dúvidas. A denúncia foi arquivada.
Sobre a acusação de desvio de R$ 1,473 milhão da conta do SINPOL-MT para minha conta pessoal e para a conta do conselheiro fiscal, Cledison Gonçalves da Silva, propalada pelo acusador à imprensa mato-grossense, e publicada pelo site Folha Max (Policial acusa sindicalistas de ameaça de morte após cobrar explicações de R$ 1,4 mi), afirmo, sem medo, que se trata de mais uma farsa e que como tal deverá ser provada pelo acusador. Pois, como diz a lei, “o ônus da prova cabe a quem acusa.”
Estou convencida de que toda esta armação promovida pelo acusador também se deve à “devolução” do mesmo aos quadros da PJC, deixando de cumprir função no SINPOL-MT, após o registro de ocorrência das compras feitas por ele em nome do sindicato e sem autorização da diretoria. Além disso, por interesse do mesmo em diminuir as chances de reeleição da atual diretoria no pleito a ser realizado em 2020, em favor de sua candidatura.
Reitero que nunca houve qualquer ameaça feita por mim a quem quer que seja. A própria testemunha que ele tentou usar como delatora da falsa encomenda de assassinado (A.G.S) registrou B.O (2019.255955) na delegacia da PJC (27/08/2019) negando toda a trama.
“Narra o comunicante que é auxiliar administrativo do SINPOL-MT e que no dia 26/08/2019, durante a reunião da diretoria executiva com os diretores das subsedes, foi informado de que o senhor Jamilson Moura, que figurava como secretário geral daquele sindicato, registrou B.O dizendo que o comunicante o procurou no dia 9/03/2019 dizendo que havia sido procurado pela senhora Edleuza Mesquista e o senhor Glaucio Castaño. Que eles perguntaram se o comunicante conhecia alguém que poderia matá-lo. O comunicante afirma que nunca foi procurado por Edleuza e, tampouco, pelo Glaucio. Que nunca ouviu eles conversando sobre isso”, informações do B.O 2019.255955.
De alma lavada e cara limpa digo em alto e bom som que sou inocente de todas estas acusações. Estou certa de que a justiça se fará e que toda esta farsa cairá por terra. Afinal, “a justiça tarda, mas não falha!”
Edleusa Mesquita é presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia – SINPOL-MT.