Em vista à Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, elogiou as ações realizadas por Mato Grosso em prol da conservação ambiental do Estado.
O gestor do órgão federal conheceu as novas instalações da Coordenadoria de Cadastro Ambiental Rural (Ccar) e da Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento acompanhando pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.
“Vimos aqui a demonstração de todo esforço que está sendo feito pelo Estado, um grande trabalho no combate ao desmatamento ilegal com emprego de tecnologia e imagens de tempo real e de alta resolução. Está de parabéns o Estado de Mato Grosso”, elogiou o ministro.
A secretária adjunta de Gestão Ambiental, Luciane Bertinatto, explicou ao ministro e ao governador como a Sema estabeleceu um plano de ações para dar celeridade às análises dos registros na base do Sistema Mato-Grossense de Cadastro Ambiental Rural (Simcar). Em Termo de Compromisso Ambiental firmado no início de 2019 entre o Governo de Mato Grosso e o Ministério Público Estadual, a Sema colocou em prática uma série de ações.
“Saímos de uma marca de 300 análises por mês em 2018 para uma média de 3.000 registros analisados. Fruto de uma combinação de esforços para contratação de 50 analistas temporários, padronização dos procedimentos de análises e melhorias nas bases de referência e sistema”, explicou a secretária.
Já na Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento, que também funcionará como Sala de Situação, o ministro conheceu como o Governo de Mato Grosso utiliza a Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal, que usa a tecnologia da constelação Planet, para auxiliar nas ações de comando e controle.
O Estado é beneficiário da ferramenta adquirida pelo Programa REM, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), com recursos da Alemanha e Reino Unido.
Os alertas permitem detectar desmates a partir de um hectare e acompanhar a alteração da cobertura vegetal de forma rápida e precisa. Com o monitoramento diário será possível que a Sema haja de forma preventiva, identificando rapidamente os desmatamentos que estão se iniciando e atuando de forma imediata no seu combate.
A analista de meio ambiente Laurienne Borges explicou ao ministro e ao governador que os dados enviados à Sema por meio dos alertas serão cruzados com as demais bases de informações da secretaria para mineração dos dados para diferenciar desmates legais dos ilegais, investigação de movimentações fraudulentas de créditos e identificação de possíveis infratores.
A Sema aplicou até julho mais de R$ 380 milhões em multas em uma área total embargada de mais de 70 mil hectares. Desde a deflagração, em agosto, da Ação Integrada de Combate ao desmatamento e queimadas na Amazônia, os órgãos de controle identificou mais de 71 mil hectares a serem autuados em uma estimativa de multa de mais de R$ 270 milhões. O planejamento das ações contou com o apoio da nova tecnologia empregada.
A projeção é que este ano sejam aplicados mais de R$ 700 milhões em autos de infração por crimes contra a flora, mais que o dobro dos autos lavrados em 2018.