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Em meio às diversas transformações sociais ocasionadas pela Covid-19 e novas perspectivas do setor industrial, um ponto de inflexão tem se destacado mundialmente: a superação nos processos de produção e logística em um cenário de distanciamento social. Aquilo que era tido como o futuro, a indústria 4.0 agora se impõe de forma categórica como necessidade de sobrevivência aos negócios. Conforme sentenciam especialistas, as novas práticas de consumo já se tornaram, abruptamente, realidade, e os segmentos que já haviam investido em novos modelos de negócio colhem ganhos na receita em plena pandemia.
Milhões de consumidores – muitos deles, que nunca haviam feito uma compra sequer via e-commerce – se adaptaram rapidamente aos canais digitais. Pesquisas apontam que 86% pretendem continuar com as práticas de demanda on-line mesmo no pós-pandemia. O panorama dessa nova realidade foi tema da 13ª edição da série de webinars da Assembleia Permanente pela Eficiência Nacional (ASPEN), sob a articulação do Instituto Besc de Humanidades e Economia.
Os especialistas reunidos no evento on-line apontam que apesar das incertezas que assolam a humanidade, o empresariado precisa planejar e agir prontamente para acompanhar e atender aos novos costumes que se estabeleceram. Ao olhar para a metade cheia do copo no mundo dos negócios, o Brasil pode obter significativos insights quanto ao plano de retomada das atividades econômicas nos mais diversos segmentos.
Para isso, a utilização de estratégias de interconexão de dispositivos com foco na eficiência e agilidade na entrega final para o cliente são fundamentais para o sucesso de marketing place. Não por acaso, também está na pauta prioritária de políticas públicas. O subsecretário de Inovação e Transformação Digital do Ministério da Economia, Igor Manhães Nazareth, destaca que estão em curso grandes projetos elaborados para potencializar o macroambiente de inovação no país. “Inserir a economia brasileira no mercado de inovação é o foco das ações do governo. Através da Câmara das Indústrias 4.0, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, assim como do Programa Mais Brasil, a meta é que o país possa atender a 2 milhões de empresas”. Para saber mais sobre os projetos, acesse o site da ABDI.
De acordo com Norberto Tomasini, sócio da PwC Brasil, as experiências de compra, nesse período, foram fundamentais para conduzir os novos rumos do e-commerce no Brasil. Frente a esse perfil consumidor mais exigente e com alta expectativa de facilidade de acesso às marcas, são as ações estratégicas nas operações que irão determinar a desenvoltura das empresas. “Com a covid-19, o e-commerce já é 48% maior que no mesmo período de 2019. No consolidado do ano passado, o e-commerce ultrapassou a marca dos R$ 60 bilhões de faturamento e atingiu um total de 148 milhões de pedidos”.
O aumento expressivo nas compras acarreta, por consequência, a necessidade acelerada de incorporação e adaptação às novas tecnologias. A indústria 4.0 no Brasil, que vislumbrava a passos lentos avanços em automação, inteligência artificial e infraestruturas de TI, para se igualar aos grandes mercados varejistas de e-commerce, como China (30% do volume mundial) e EUA (16%), agora precisa investir em tecnologias disruptivas que elevem o nível de serviço prestado ao cliente.
A pouca previsibilidade em relação ao comportamento do mercado nos próximos meses, a necessidade de gerenciamentos dos grandes armazéns, somados ao nível de exigência dos serviços prestados, são alguns dos desafios econômicos, que devem ser avaliados ao se pensar a viabilidade dos projetos logísticos. Nas palavras do diretor de Contract Logistics da Geodis, Paulo Franceschini, a demanda crescente já pode ser considerada como um novo normal logístico. “As mudanças não vieram para destacar a crise, mas para enfatizar a necessidade de investimentos de novas estruturas especializadas em tecnologia e inovação. Robôs automotivos, plataformas de e-commerce (IIoT), acuracidade dos estoques e eficiência na entrega são alguns dos caminhos possíveis que impactam positivamente na logística de sucesso”.
À frente da Venture Hub, plataforma de inovação em tecnologia especializada em ecossistemas de inovação e empreendedorismo, José Eduardo Azarite declara que o Brasil tem potencial para desenvolver bases tecnológicas com processos voltados à visibilidade dos projetos de inovação, sendo necessário desenvolver estímulos às startups. “Os ecossistemas de inovação aberta e empreendedorismo de bases, com estruturas disruptivas, são fontes de acesso aos novos modelos de negócios de maneira rápida, affordable, a despeito dos riscos inerentes à inovação.”
Protagonismo on-line – Os webinars realizados pelo Instituto Besc de Humanidades e Economia acontecem às terças-feiras, às 17h (horário de Brasília), com acesso gratuito via Zoom e Youtube. A cada evento, um tema essencial ao enfrentamento aos efeitos da pandemia. Saiba mais sobre a programação por meio dos perfis do instituto no Facebook e LinkedIn.
“Estamos honrados em poder contribuir ao bom debate e ao bom combate à pandemia. Temos um time de grandes profissionais, patrocinadores e parceiros, empenhado na missão de encontrarmos, juntos, inspiração e ação contra a crise”, destaca Jussara Ribeiro, presidente da organização não-governamental.