KASSIANO RIEDI
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Mais um Dia do Agricultor (28 de julho) chega ao calendário no momento em que produtores rurais se dedicam a preparar os insumos e a logística para a semeadura de uma nova safra de soja em Mato Grosso. Nas indústrias, o ritmo é intenso. E junto a esses dois ambientes, campo e fábricas, um elo fundamental: o conhecimento.
Recentemente, com muita satisfação e superando todos os desafios do momento, conseguimos empreender o 2º Encontro de Calagem, sob o tema “Novos Conceitos”. Lançamos o evento no ano passado, em Mato Grosso, com o mote “Desvendando mitos”. Este ano, abraçamos a plataforma on-line para honrar o nosso compromisso de disseminar ciência, debate e produtividade. O sucesso dessa interação entre academia, produtores rurais e indústrias de insumos fortalece o compromisso de seguirmos em frente, independentemente da pandemia. Porque, como nós aqui em Mato Grosso sabemos, o agro é forte e o agro não para!
A inovação está no DNA da agricultura e tem no calcário um grande aliado. Os altos índices de produtividade que presenciamos hoje, sobretudo nas safras de grãos, não seriam possíveis sem o poder da calagem na correção de solos. Destaco aqui, com entusiasmo, a projeção da safra 2020, um novo recorde: 245,9 milhões de toneladas de grãos, segundo o IBGE.
Quando olhamos para a soja, são 119,4 milhões de toneladas estimadas para a produção nacional, o que significa um aumento de 5,2% em relação à safra de 2019. Ao analisarmos especificamente Mato Grosso, a produção de oleaginosas, cereais e leguminosas é projetada em mais de 70 milhões de toneladas. Aqui, um detalhe importante: a variação positiva de 4,1% na estimativa de produção feita pelo IBGE é bem maior que a ampliação da área em hectares (2,8%). O que isso significa? Tecnologia aplicada, que gera mais eficiência no campo.
As indústrias de calcário refletem essa demanda contínua por tecnologia por parte dos agricultores. As mais de 30 fábricas instaladas no Estado vêm recebido, ano a ano, uma gradativa alta nos pedidos pelo insumo, fundamental à correção dos solos naturalmente ácidos em nossa região. A doutrina agronômica e pesquisas em curso, incluindo estudos da UFMT e da Fundação MT, são claras ao mostrar a eficácia do calcário na correção, ajudando a proporcionar o ambiente favorável a uma maior produtividade. Algo perceptível ao produtor, ao final de cada safra, nas planilhas de rentabilidade da atividade.
Em tempos em que a inovação é a palavra de ordem nas empresas, o agricultor mato-grossense, forte brasileiro, se reafirma como vetor de arrojo, conhecimento e vanguarda. A você, agricultor, nosso reconhecimento. Parabéns pelo seu dia!
*Kassiano Riedi é presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Calcário de Mato Grosso (Sinecal-MT)