FERNANDA TRINDADE
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Já parou para pensar quantas pessoas já passaram pela sua vida? Pessoas, quero aqui ressaltar, são aquelas que importam de verdade, como membros da família, amores, amizades, até mesmo colegas e conhecidos, mas que hoje, não estão mais na sua vida. As pessoas simplesmente passam pelo nosso caminho e o processo de entender isso é o que me intriga. Cada um tem um tempo na nossa vida e ninguém entra sem uma razão.
Admito que tenho dificuldades em entender porque tantas pessoas entram e saem das nossas vidas o tempo todo. Mas, hoje essa compreensão parece estar melhorando. Isso, porque entendi que nada na vida acontece por acaso, quem entra e quem sai do nosso convívio, sempre tem algo a nos ensinar, resta a nós entendermos o que é, e evoluirmos durante esse processo.
Uma vez, li uma frase que dizia mais ou menos assim: “algumas pessoas nunca nos deixam, nunca vão embora completamente, ainda que não estejam por perto. A sua essência fica, levam um pouco de nós e deixam um pouco de si”. Foi então que comecei a entender que todos nós temos um prazo de validade na vida de alguém.
E o melhor dessa viagem, chamada vida, é o que encontraremos nas estações futuras, ou seja, um mistério. Mas, são essas estações que passamos ou estamos passando que vão nos construindo emocionalmente.
Acho muito maluca essa reflexão, pode ser que para alguns seja algo muito simples, mas já parou para pensar que para outros é algo curioso. As pessoas somente passam pelas nossas vidas, até porque como diz Ana Vilela “a vida é trem bala e a gente é só passageiro prestes a partir”. Da mesma forma que as pessoas passam pela minha vida, eu também passo pela vida das pessoas.
Muitos têm dificuldade de entender quando é o tempo de ir, de ficar, de voltar ou de partir. Esse discernimento só vem com o tempo e amadurecimento, porque isso envolve decisões íntimas de cada um. E está muito conectado a momentos, a aproveitar a vida de verdade, em sua plenitude.
Uma amiga que você tem contato direto na infância e adolescência, mas de repente ela muda de cidade e você perde a proximidade. Isso acontece com amigos da escola, colegas de profissão e muito mais.
O rito da morte, por exemplo, segue essa mesma lógica, de que as pessoas passam pelas nossas vidas. Em um dia está com ela e no outro acabou, não irá mais vê-la como no dia anterior.
O mesmo segue para relacionamentos amorosos. Existem pessoas que passam pelas nossas vidas por um tempo determinado, porém, depois de um período não faz mais sentido continuar com ela em nosso convívio. E isso, ao contrário do que pregam, não é um ato egoísta, e sim, um ato de amor.
Um amor nutrido pelo sentimento de liberdade. Muitas vezes, a maior prova de amor que podemos dar a uma pessoa é não conviver mais com ela. E esse é um dos atos mais lindos e que admiro muito. Deixar o outro ir, é a maior prova de Amor.
Há pessoas que amo profundamente e que nunca mais terão contato direto comigo no dia a dia, mas isso não reduz o amor, na realidade o frutifica. Sua ausência pode até doer, mas insistir na sua presença dói muito mais.
Agora, quando falo que isso me intriga, é porque ainda não consigo entender por completo o sentido dessas passagens. Você consegue? Quando olho para trás e vejo o quanto de pessoas que amo, gostava ou simplesmente admirava já passaram pela minha vida e que hoje não estão mais aqui, sinto um aperto no coração.
Mas perceba, isso tudo é um processo de transformação da vida, um processo de mudança, são momentos e faz parte da nossa construção enquanto ser humano. Através de toda essa turbulência, perceba que os fins são essenciais para nossa transformação e crescimento emocional.
E entenda, não levamos mágoa, frustração, nem o sentimento de decepção, mas sim o aprendizado de que a vida é curta demais para desperdiçarmos um segundo. De todas essas passagens levo apenas uma Gratidão Imensa. Ninguém passa na nossa vida por acaso, todos têm um motivo. E se você ainda não entendeu o motivo, é porque não chegou o momento.
Mais uma vez, não trago respostas, verdades ou certezas, mas sim compartilho reflexões.
Escrito por: Fernanda Trindade
Jornalista em Cuiabá
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Um abraço.