DA ASSESSORIA
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Candidato ao Senado, Nilson Leitão (PSDB) observa a falta de nexo em quem diz apoiar Jair Bolsonaro, mas que vem de um partido cuja principal aliança é o Partido dos Trabalhadores (PT). Amigo íntimo de Lula e de Dilma Rousseff, Gilberto Kassab, fundador e presidente do PSD, apoiou a campanha de Carlos Fávaro ao Senado em 2018 e continua a fazê-lo em 2020. Além disso, a forte ligação entre o partido de esquerda e Fávaro ficou ainda mais evidente ao contratar o ex-ministro de Rousseff, José Eduardo Cardozo, para cassar o mandato de Selma Arruda (na época, do PSL).
A manobra foi liderada por Fávaro, que, nas eleições passadas, tinha ficado em terceiro lugar na disputa pelas duas vagas abertas em 2018. Ao lado de Cardozo, ex-ministro da Justiça e advogado de Dilma durante o processo de impeachment, ele arquitetou a retirada de Selma Arruda do Senado. Nilson aponta o que ajudou a construir sua carreira política, porém reconhece que Carlos Fávaro só tem um lado na política, o dele.
“Para isso, ele faz qualquer tipo de coisa, ele se envolve com qualquer tipo de gente, ele abandona qualquer um para não se sacrificar. Para tentar pegar o cargo, vimos ele contratando um advogado petista a peso de ouro. O único que importa, para ele, é ele mesmo. Eu conheço Carlos Fávaro e a ética não faz parte de seu vocabulário”, ressaltou o tucano.
Outro ponto em comum com os petistas foi revelado quando a esposa de Ivan Guimarães, Márcia Zampiron, foi encontrada trabalhando como assessora no gabinete de Carlos Fávaro. Ela, que tinha sido alvo da Polícia Federal na “Operação E$quema S”, escancarou o elo do parlamentar mato-grossense com o alto escalão do PT. Seu marido, conhecido como “Ivan, O Terrível”, manteve longa amizade com José Dirceu, Delúbio Soares, Patrus Ananias e Waldomiro Diniz. Ele também foi presidente do Banco Popular no governo Lula e membro da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A pandemia de coronavírus também foi um dos responsáveis pela sobrevida política do substituto. Assim, o senador-tampão coloca em prática, desde então, um projeto de governo que não foi escolhido e aprovado pelo voto popular. “O cargo de Senador é um cargo que ele ocupa de forma ilegítima”, concluiu Leitão.