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TRANS E TRAVESTIS

PL permite habilitar HMC a Saúde para tratamento transexualizador

DA ASSESSORIA / LUANA VALENTIM
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Da assessoria

O vereador Sargento Vidal (Prós) apresentou durante a sessão ordinária desta terça-feira (29.06), na Câmara Municipal de Cuiabá, o projeto de lei que permite o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) a habilitar o Hospital Municipal de Cuiabá junto ao Ministério da Saúde como ambulatório e hospital para tratamento no processo transexualizador para pessoas trans e travestis.

Vidal destacou que, de acordo com a Constituição Federal no artigo 5°, todos são iguais perante a lei e, diante disso, apresenta esse projeto visando trazer uma melhor qualidade de vida para pessoas trans. “Hoje venho com essa gravata rosa para homenagear os LGBTQIA+ que ontem, teve o seu dia nacional. Como ontem não teve sessão, hoje vim apresentar nessa casa o projeto transexualizador que é nada mais que habilitar o HMC para atendimento a todos desse grupo”, frisou o vereador.

É importante ressaltar que esse projeto já existe em quatro capitais do Brasil: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Goiânia. O parlamentar pontuou que Cuiabá tem tudo o que precisa para ser a quinta capital com esse tipo de atendimento.

“A dificuldade de acessar os serviços da saúde leva a automedicação, muitas vezes com hormônios de tipo e doses, entre outras situações que pode trazer gravíssimos problemas de saúde. Sem contar que esse é o país que mais mata pessoas trans no mundo, sendo que só em 2020, houve 175 homicídios e a cada 2 dias, morre uma pessoa trans, sem contar na questão de suicídios que é muito grande”, analisou ele.

Reforçando a necessidade deste atendimento, o diretor do Grupo Livre-mente: Conscientização e Direitos Humanos LGBTQIA+, Clóvis Arantes, destacou que o projeto é fundamental para a vida das pessoas que necessitam do acompanhamento para seguir vivendo.

“Um espaço especializado para atender a população na questão da saúde, principalmente, homens e mulheres trans, que dependem de tratamentos de hormonoterapia, fono, etc.. assim como mulheres lésbicas no que se refere a ginecologia e outros. É fantástico e já era esperado a muito tempo”, avaliou.

Validando a importância do projeto, a transgênero mulher Hadassah Luz disse que pela falta de atendimento na questão da saúde e considerando a disforia de gênero, acabou optando pela automedicação com hormônios, mas agora tem a esperança de que o o projeto seja implementado e passe a receber o tratamento adequado e de forma segura.

“É muito importante quando se tem um vereador compromissado com a gente. Alguém que vê a nossa luta, que enxerga do lado de dentro, porque é fácil ver do lado de fora, mas não enxergam o conteúdo. Então é muito importante ter alguém que leve e externe o nosso sentimento. E ainda mais importante esse ambulatório trans que irá salvar muitas vidas e irá dar mais dignidade a muitas pessoas”, finalizou ela.

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  • 30 de junho de 2021 às 13:20:38
  • 30 de junho de 2021 às 13:18:34