DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O senador Jayme Campos (DEM) se mostrou insatisfeito com a medida provisória e um projeto de lei (PL 261/2018) proposto pelo ministro de infraestrutura, Tracísio Freitas. Já que, na visão do democrata o novo marco regulatório para o setor ferroviário poderá prejudicar o desenvolvimento da ferrovia em Mato Grosso. Campos chegou a dizer que a manobra se trata de mau-caratismo.
Diante da situação, os senadores mato-grossenses pretendem se unir com o objetivo de que a medida provisória editada por Tarcísio seja devolvida. As críticas à gestão de Tarcísio foram duras e sugeriram que o ministro teria agido de má fé.
“Não é possível um ministro de estado vir aqui, discutir com vários senadores e na calada da noite fazer modificação de medida provisória. Isso chama-se na minha visão particularmente, mau-caratismo e não vamos admitir que nada interfira nessa obra que é tão importante para o desenvolvimento social de Mato Grosso”, disse Jayme em entrevista ao repórter Bruno Pinheiro da TV Cidade Verde local.
O democrata pontuou que caso não haja interferências no chamamento público para a construção da ferrovia em Mato Grosso, que está prevista para se iniciar na próxima sexta-feira (03), a bancada mato-grossense dará aval para a medida, caso contrário, não haverá acordo.
Com o apoio de Carlos Fávaro (PSD) e Wellington Fagundes (PL), Jayme explicou que a bancada pretende apelar ao presidente do senado Rodrigo Pacheco (DEM), para que a medida federal seja rejeitada.
“Já tínhamos feito um primeiro acordo que votaríamos o PLS, e fomos surpreendidos na segunda-feira com a medida provisória. Sentamos ontem, terça-feira e fizemos um entendimento com a medida provisória e PLS e se tivermos outra surpresa agora, simplesmente não resta outra alternativa a não ser devolver essa medida provisória”, explicou Fávaro.
A obra em questão deve ligar os trilhos da Ferronorte, em Rondonópolis, até Cuiabá e outros municípios, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
Por outro lado, Wellington, primeiramente, defende o compromisso feito por Tarcísio e diz que acataria a decisão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e governo do Estado e não iria atrapalhar o cronograma da obra, que após o chamamento, o contrato de início de obra deve ser assinado no próximo dia 15.
“Teve um compromisso que a decisão que foi tomada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso regulamentada pelo governo do Estado para fazer um chamamento público, seria preponderante um acordo do Ministério com a bancada, pois para Mato Grosso seria muito significativo, com um investimento de mais de R$ 6 bilhões num momento como esse e gerar empregos“, concluiu Wellington.