Adolescentes que cumprem medida socioeducativa no Centro de Atendimento Socioeducativo de Cuiabá, conhecido como Pomeri, tiveram uma tarde diferente nessa terça-feira (16 de agosto) com atividades promovidas pelo Poder Judiciário de Mato Grosso.
Foram realizadas oficinas com 13 meninos e 7 meninas, separadamente, abordando dois eixos centrais: autoestima e empreendedorismo.
Os adolescentes participaram de dinâmicas que trabalharam valores, rotina, regras de convivência, importância de sorrir, de recomeçar projetos de vida, a olhar outro ser humano. Tudo isso de forma lúdica e humanizada.
“Foi muito bom para distrair a cabeça, se divertir. É muito ruim ficar preso”, afirma R.P.F.S., 16 anos. “Aprendi muita coisa, a trabalhar em grupo, prestar atenção no colega, ver a ideia deles, eles veem nossas ideias, é bom para arejar e não ficar só preso”, complementa G.S., 17 anos, que tem a intenção de empreender investindo em negócios no ramo de oficina de motos ou uma barbearia quando ganhar liberdade.
As oficinas foram conduzidas pela psicóloga Carla Queiroz, da Vara Especializada da Infância e Juventude de Várzea Grande, com o apoio de três estagiárias de Psicologia do Poder Judiciário.
“Estamos começando um projeto-piloto, trabalhando o empreendedorismo e questões relacionadas à autoestima. A proposta é sensibilizar esses jovens para que acreditem no potencial que eles já têm e desenvolvam habilidades para que possam empreender”, explica.
Oficinas de artesanato, culinária, danças étnicas, operacionalização de eventos e restauração de móveis serão ofertadas às adolescentes e aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, com a finalidade de promover capacitação, apoio técnico, oportunidades de emprego, geração de renda e inclusão social.
Os trabalhos acontecem de 16 de agosto a 23 de setembro, com a colaboração do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de Mato Grosso (GMF-MT).
“A ideia desse projeto é mobilizar e conscientizar os jovens que estão recolhidos para que, quando saírem daqui, desenvolvam seu trabalho de forma criativa, até para sobreviverem e se manterem no mercado de trabalho”, pontua Lusanil Cruz, integrante do GMF.
Urias Avelino Dantas, diretor do Centro de Atendimento Socioeducativo de Cuiabá, ressalta que as oficinas podem trazer novas perspectivas de vida aos adolescentes. “Isso vai gerar uma expectativa melhor para eles, através dessas informações positivas e capacitações, para que possam melhorar sua condição. Isso gera um impacto muito grande, vem agregar e trazer melhora significante na vida deles”, frisa.
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual.
Imagem 1: foto horizontal colorida de um adolescente participando de dinâmica com uma estagiária. Ele está de costas para a câmera, usa camiseta verde onde está escrito Pomeri em letras nas cores roxa, verde e vermelha. A moça está de frente para ele, batendo palmas e sorrindo.
Imagem 2: foto horizontal colorida da psicóloga Carla. Ela é branca, tem cabelos castanhos presos, usa batom rosa e um vestido cáqui com os braços à mostra.
Imagem 3: foto horizontal colorida do diretor Urias concedendo entrevista. Ele está em pé, olha para a câmera, tem cabelos e olhos castanhos e veste uma camisa marrom onde está escrito “gestor” em preto.
Mylena Petrucelli
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT