DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
[email protected]
Justiça Eleitoral confirmou a tentativa do candidato ao Senado Welington Fagundes de censurar a imprensa. A informação consta no despacho do juiz Sebastião de Arruda Almeida, nesta quarta-feira (07.09). O magistrado negou direito de resposta a Welington, pedido após o programa eleitoral do candidato Neri Geller (PP) mostrar que Fagundes recebeu R$ 1 milhão em propina, conforme delatado por um empresário à Polícia Civil.
Depois de tentar e não conseguir censurar a TV Vila Real, que exibiu uma reportagem com as declarações do empresário Pierre Françoise, que confirmou o pagamento de propina, Welington voltou à Justiça em busca de direito de resposta, o que também foi negado. “O conteúdo questionado diz respeito a fatos relatados no âmbito do instituto da delação premiada e que foram também amplamente divulgados pela imprensa e, por isso, entendo que não extrapolam a liberdade de informação nem podem ser consideradas inverídicas”, afirmou o magistrado na decisão.
Welington também tentou esconder o fato de que, sim, tentou censurar a emissora de TV, fato que foi prontamente desmentido por Almeida. “Na petição inicial daquela representação um dos pedidos é justamente para que a emissora geradora ‘se abstenha de informar notícia inverídica a respeito do Representante, notadamente de que o mesmo é investigado em processo e/ou inquérito por Crimes em razão de depoimento do Sr. Pierre François Amaral de Moraes’, não sendo, pois, inverídica a alegação combatida”.
Ao confessar à Polícia Civil a entrega dos recursos, Pierre Françoise disse que fez dois repasses a Welington. No primeiro, Pierre entregou, diretamente a Welington, R$ 500 mil em dinheiro acondicionado em uma caixa de vinho. O segundo repasse, no mesmo valor, foi feito ao filho do senador, João Antônio, em Rondonópolis. Um inquérito do caso foi instaurado pela Polícia Civil.