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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), viaja para Nova York neste sábado (17) para não assumir a Presidência da República — o que o impediria de disputar as eleições de outubro.
Lira deve acompanhar o presidente Jair Bolsonaro durante a 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) até a próxima terça-feira (20).
Com a viagem de Bolsonaro para Londres — no sábado, por ocasião do funeral da rainha Elizabeth II, e, em seguida, para Nova York — de segunda (19) a terça — e a viagem do vice-presidente Hamilton Mourão para Lima, capital do Peru — de sábado a terça (21) — a Presidência da República caberia automaticamente a Lira, segundo na linha sucessória, caso permanecesse no Brasil.
A viagem a Nova York, marcada de última hora segundo uma fonte da CNN próxima a Lira, não teve mais detalhes divulgados.
A única informação confirmada pela assessoria é de que o presidente da Câmara participará de compromissos na ONU.
Devido às viagens de Jair Bolsonaro (PL) e dos primeiro e segundo sucessores, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), assumirá a Presidência da República pela terceira vez na vida, entre sábado (17) e terça (20). A CNN confirmou com interlocutores de Pacheco que o presidente do Senado permanecerá no Brasil.
Pela legislação eleitoral, o presidente da Câmara e o vice-presidente ficariam inelegíveis caso assumam o exercício da Presidência da República nos seis meses anteriores ao pleito eleitoral.
Arthur Lira (PL) é candidato à reeleição ao cargo de deputado federal por Alagoas.
Mourão (Republicanos), o primeiro na linha sucessória, também deixou o país como forma de não se tornar inelegível, já que é candidato ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul.
A primeira vez que Pacheco — o terceiro na linha sucessória — exerceu a Presidência da República foi este ano, no dia 6 de maio, quando Bolsonaro viajou à Guiana, Mourão ao Uruguai e Lira aos EUA.
A segunda vez foi em 8 de junho, quando Bolsonaro e Lira foram para os EUA e Mourão, à Espanha.