Os rumores de que Geraldo Alckmin (PSB) pode se tornar ministro da Economia não pegou bem entre lideranças tradicionais do PT . O ex-governador de São Paulo foi aceito pela sigla por conta da frente ampla realizada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, os petistas mais antigos querem que o escolhido seja alguém que sempre esteve ao lado do ex-presidente ou uma figura neutra.
Lula foi procurado por aliados para questionar se as informações sobre Alckmin no Ministério da Economia eram verdadeiras, mas o líder nas pesquisas desconversou. Ele tem dito que o momento é de apenas falar sobre seu plano de governo com “a sociedade brasileira”.
Só que as escapadas do ex-presidente assustaram algumas lideranças petistas, que passaram a procurar Gleisi Hoffmann. A presidente do partido tem usado o mesmo discurso de Lula, no entanto, tem sinalizado que os aliados históricos da sigla serão escutados na montagem da equipe de governo.
O sonho das principais lideranças é que Aloizio Mercadante (PT) seja escolhido para ocupar o ministério. O problema que o coordenador do plano de governo petista sofre resistência de boa parte da classe política e do mercado financeiro. Ele é visto como uma figura de “difícil relação”.
Apesar de ter demonstrado maior abertura nos últimos meses para dialogar sobre o projeto de Lula, Mercadante acabou tendo alguns conflitos com algumas personalidades do mundo político. O mais emblemático foi com Eduardo Suplicy (PT), que reclamou publicamente de não ter sido convidado para um evento com o ex-presidente.
Alckmin nega cuidar da Economia
Alckmin falou publicamente que não tem chance de cuidar do Ministério da Economia. Essa postura também foi adotada internamente. O ex-governador tem dito que sua preocupação é com a eleição e, caso sua chapa seja eleita, tem o objetivo de ajudar Lula com a classe política.
O discurso dele aliviou a ala mais tradicional do PT, que sonha com um petista histórico no cargo ou uma figura mais neutra, que não tenha participado de nenhuma eleição como rival do ex-presidente.
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Fonte: IG Política