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A Rússia está lançando uma mobilização parcial de seus cidadãos, conforme anunciou, nesta quarta-feira (21), o presidente Vladimir Putin durante um discurso altamente esperado à nação.
“Para proteger nossa pátria, sua soberania e integridade territorial, para garantir a segurança de nosso povo e do povo nos territórios libertados, considero necessário apoiar a proposta do Ministério da Defesa e do Estado-Maior de realizar uma mobilização parcial na Federação Russa”, afirmou Putin.
Os esforços para iniciar a mobilização parcial começarão nesta quarta-feira, anunciou Putin. O líder russo ainda disse que já foi assinado um decreto para oficializar a medida.
Segundo o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, o decreto prevê a convocação de 300 mil cidadãos. Em entrevista à televisão estatal russa, Shoigu declarou que os estudantes e aqueles que serviram como recrutas e a maioria dos milhões de reservistas não seriam convocados.
“Repito, estamos falando apenas de mobilização parcial. Ou seja, apenas os cidadãos que estão na reserva e, sobretudo, aqueles que serviram nas Forças Armadas, têm certas especialidades militares e experiência relevante, estarão sujeitos ao recrutamento”, explicou o presidente russo.
“Depois que o regime de Kiev recusou publicamente uma solução pacífica para o problema de Donbas hoje e, além disso, anunciou sua reivindicação de armas nucleares, ficou absolutamente claro que uma nova próxima ofensiva em grande escala no Donbas, como já havia acontecido duas vezes antes, era inevitável”.
Não está claro a que Putin está se referindo com sua menção às armas nucleares.