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FUP: com eleição, Petrobras reduz combustíveis em ‘doses homeopáticas’

Intervalo de redução de preço dos combustíveis está menor
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Intervalo de redução de preço dos combustíveis está menor

A Petrobras vem reduzindo o preço dos combustíveis em “doses homeopáticas”, em uma “estratégia eleitoreira de divulgar uma notícia positiva a cada semana, a poucos dias das eleições”, afirma a Federação Única dos Petroleiros (FUP), com base em um levantamento encomendado ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta terça-feira (20).

O levantamento mostra que a Petrobras reduziu os intervalos de rebaixamento dos preços dos combustíveis. Além disso, analisa que quatro quedas de preço da gasolina foram anunciadas desde que Caio Paes de Andrade assumiu a presidência da estatal, no final de junho. A interpretação da FUP é de que as quedas estão sendo fatiadas e de que a política de preço de combustível não está seguindo um critério técnico.

“Critérios técnicos de alinhamento dos combustíveis ao preço de paridade de importação (PPI), que faziam parte do discurso oficial, tornaram-se secundários diante da pressão do Planalto e da conveniência eleitoreira”, afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

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De acordo com o levantamento do Dieese, apesar das recentes quedas, os combustíveis ficaram mais caros durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na refinaria, o aumento da gasolina foi de 118,4%, do diesel, de 165,9%, e do gás de cozinha, de 109,3%.

Cloviomar Cararine, economista do Dieese/FUP, compara a gestão de Paes de Andrade à presidência de Roberto Castello Branco, o primeiro a ocupar o cargo no governo Bolsonaro, quanto à rapidez nos repasses das variações dos preços do barril de petróleo, em real.

“Porém, com Castello Branco, as seguidas e imediatas alterações de preços foram sobretudo para cima. Com Paes de Andrade, os reajustes são para baixo, estimulando a pressa nos anúncios. Já as administrações de Joaquim Silva e Luna e de José Mauro Ferreira Coelho esperavam mais tempo para adotar correções internas de preços, após as altas do barril lá fora”, analisa Cararine.


Fonte: IG ECONOMIA

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