O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas à dependência dos beneficiários do Auxílio Brasil e falta de procura de emprego entre os dependentes do programa social. A declaração foi dada em entrevista à Rede Vida, na quarta-feira (21).
Sem citar diretamente o programa, Bolsonaro afirmou que pobres foram acostumados a não terem uma profissão. Ele aproveitou para alfinetar seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Tirar as pessoas da linha da pobreza é um trabalho gigantesco, são pessoas que foram ao longo dos anos acostumadas a não se preocupar, ou o Estado negar uma forma de ela aprender uma profissão. Nós pensamos e trabalhamos de forma diferente”, afirmou.
Em seguida, Bolsonaro recuou da declaração e disse que algumas profissões não precisam de estudos.
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“Por exemplo, você quer vender uma carrocinha de cachorro-quente na praça. Você não tem que ter estudo para isso, com todo o respeito. Você tem que entrar com o pedido de alvará e a prefeitura conceder”, declarou.
O chefe do Planalto ainda voltou a minimizar os dados da fome no Brasil. Na entrevista, Bolsonaro citou dados de Santa Catarina, onde mais de 500 mil pessoas passam por insegurança alimentar moderada.
“O outro candidato foi em Santa Catarina e disse que lá tinham 500 mil pessoas passando fome. Tem gente passando fome? Tem, mas não nesse número todo”, disse.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro minimiza a fome no Brasil. No mês passado, Bolsonaro afirmou que ‘você não vê alguém pedindo pão na padaria’. Os dados da Rede Penssan, no entanto, mostram que cerca de 33,1 milhões de pessoas passam fome no Brasil.
Fonte: IG ECONOMIA